Estava meio sem rumo, ninguém de fato entendeu o motivo do meu sumiço. Mas eles também se perderam no meu jogo, assim como agora muita coisa já faz certo sentido pra mim. Li hoje numa frase pessoal: "tudo mudou" - e mudou mesmo. O tempo provou mais uma vez ser meu bravo amigo de horas oportunas, as viajens e oportunidades estiveram do meu lado mesmo depois da minha oposição.
Sacrificar faz parte; as preocupações são inevitáveis, os resultados são surpreendentes.
Então a música que não tocava mais começou a tinir baixinho dentro da minha mente. Devagar as coisas tomaram seus lugares e a disforme confusão diante dos meus olhos tomou forma novamente. Gritos frenéticos ao longe me convidavam para uma nova surpresa - apesar de eu as odiar fortemente.
Tomei meu lugar e por ali fiquei curtindo um pouco da companhia do meu amigo, daqueles mais chegados que irmãos. O destino estava marcado mas foi incerto de todas as maneiras, o escuro da primeira noite escondia o rosto de cada um. Juntamente com seus segredos, ficaram ali... quietos. Sentir algo ruim no início de uma nova, porém já desgastada experiência, é algo relativamente considerável. Sempre gostei de tomar parte dos defeitos de todas as coisas e não poderia deixar de jogar uma conversa fiada por ali.
O cansaço bateu de frente comigo e eu acabei não fazendo parte da sessão de fotos noturna. Uma barulhenta zona me despertou no susto; quente e suado por algum sonho ruim, nada por perto tinha uma função ou um bom motivo para estar próximo de mim. Pensei então em tudo que me fez estar ali, e no porque; ainda vencido pelo sono, minhas reflexões me levaram de volta ao repouso.
Despertando na luz de um novo sábado, percebi que cumprir certas obrigações sem o mínimo de expectativa é uma sensação frustrante. Tente pensar que nem tudo se perdeu, talvez a grana investida num passeio diferente valha a pena de alguma forma; ou talvez seu arrependimento te destrua por não ter ficado em casa para dançar. Muitas vezes correr o risco me provou ser estúpido demais, mas considerando as exceções da regra, o dia parecia mudar. Por todo canto há companhia e a falta dela; estranho mesmo é saber que muita gente se encontra na mesma situação e lugar que você, e que elas simplesmente não ligam pois não te conhecem o suficiente para ceder um lugar ou te desejar um bom dia.
Os óculos escuros falsificados dos meus amigos refletiam um céu sem nuvens, o que para mim serviu como sinônimo de limpeza e restauração dos elos partidos. Projetos existem, metas precisam ser alcançadas; o objetivo pode ser banal, mas a satisfação pode ser grande e importante demais para que não se importem com terceiros - a vida gira em torno de mim e de todos eles. O sol da tarde queimava sem misericórdia, não havia lugar algum onde se estivesse à salvo de um mormaço infernal; coisas do tempo maluco.
Absolutamente nada passava livre dos olhares libidinosos e certo mistério, mesmo diante de um calor de cegar as vistas. Livros não foram distração para mim, meu MP4 lotado de músicas seculares já estava com sua carga dissipada. Pensamentos circulavam enquanto conversas paralelas e sem objetivo tomavam rumos que sarariam feridas banais provocadas há alguns meses. Resultados enfim, depois de tanta murmuração.
A noite não aguardava nada de mais, o dia que fora embora há algumas horas atrás também não requisitou pensamentos ou lembranças fortes. Me lembro somente que haviam pessoas frustradas com a correspondência sentimental alheia. O sábado foi romântico - não pra mim - mas foi. Não estou com clima nenhum de romance; minhas duas maiores vontades atualmente têm sido de gritar e sair correndo.
Uma rotina massante andou me estressando, admito sim que este último fim de semana serviu pra relaxar um pouco, e foi também o momento em que minha cabeça explodiu de tanto pensar e tentar decidir sobre algumas questões - uma decisão que neste momento ainda não tomei. Minhas duvidas com relação aos outros são frequentes, se eu pudesse parar para pensar somente em mim, seria bem melhor; mas infelizmente eu odeio deixar alguém quem não merece triste e destruído pelas minhas decisões.
O dia final foi estimulante, nada é melhor em uma viajem do que o momento de voltar. Muitos lamentam; eu não. Minha casa pode até ser o último lugar onde eu queira estar às vezes, mas a distância faz bater a saudade daquele quarto espaçoso com duas camas e todos os meus irmãos eletrônicos que compõem a minha vida meio nerd. Amo de forma anormal esse meu pacato cotidiano, algo que levarei para o túmulo.
Na resenha, meus amigos são aqueles estranhos demais. Isso faz com que 'os estranhos' deste título venham a ser meus próprios amigos, enquanto os outros estranhos passam para um patamar de seres insignificantes. O doce paraíso mudou sua forma e tornou-se meu mundo; ele perdeu sua letra maiúscula pois não se trata mais de algo próprio, mas de uma sensação adorável de estar no meio de um jogo sarcástico e enigmático. Não preciso mais desaparecer para refletir, tenho aqueles que apreciam minha lealdade; aqueles que a difamam teram que engolir a cru - afinal, não devo muita satisfação a eles.
Sacrificar faz parte; as preocupações são inevitáveis, os resultados são surpreendentes.
Então a música que não tocava mais começou a tinir baixinho dentro da minha mente. Devagar as coisas tomaram seus lugares e a disforme confusão diante dos meus olhos tomou forma novamente. Gritos frenéticos ao longe me convidavam para uma nova surpresa - apesar de eu as odiar fortemente.
Tomei meu lugar e por ali fiquei curtindo um pouco da companhia do meu amigo, daqueles mais chegados que irmãos. O destino estava marcado mas foi incerto de todas as maneiras, o escuro da primeira noite escondia o rosto de cada um. Juntamente com seus segredos, ficaram ali... quietos. Sentir algo ruim no início de uma nova, porém já desgastada experiência, é algo relativamente considerável. Sempre gostei de tomar parte dos defeitos de todas as coisas e não poderia deixar de jogar uma conversa fiada por ali.
O cansaço bateu de frente comigo e eu acabei não fazendo parte da sessão de fotos noturna. Uma barulhenta zona me despertou no susto; quente e suado por algum sonho ruim, nada por perto tinha uma função ou um bom motivo para estar próximo de mim. Pensei então em tudo que me fez estar ali, e no porque; ainda vencido pelo sono, minhas reflexões me levaram de volta ao repouso.
Despertando na luz de um novo sábado, percebi que cumprir certas obrigações sem o mínimo de expectativa é uma sensação frustrante. Tente pensar que nem tudo se perdeu, talvez a grana investida num passeio diferente valha a pena de alguma forma; ou talvez seu arrependimento te destrua por não ter ficado em casa para dançar. Muitas vezes correr o risco me provou ser estúpido demais, mas considerando as exceções da regra, o dia parecia mudar. Por todo canto há companhia e a falta dela; estranho mesmo é saber que muita gente se encontra na mesma situação e lugar que você, e que elas simplesmente não ligam pois não te conhecem o suficiente para ceder um lugar ou te desejar um bom dia.
Os óculos escuros falsificados dos meus amigos refletiam um céu sem nuvens, o que para mim serviu como sinônimo de limpeza e restauração dos elos partidos. Projetos existem, metas precisam ser alcançadas; o objetivo pode ser banal, mas a satisfação pode ser grande e importante demais para que não se importem com terceiros - a vida gira em torno de mim e de todos eles. O sol da tarde queimava sem misericórdia, não havia lugar algum onde se estivesse à salvo de um mormaço infernal; coisas do tempo maluco.
Absolutamente nada passava livre dos olhares libidinosos e certo mistério, mesmo diante de um calor de cegar as vistas. Livros não foram distração para mim, meu MP4 lotado de músicas seculares já estava com sua carga dissipada. Pensamentos circulavam enquanto conversas paralelas e sem objetivo tomavam rumos que sarariam feridas banais provocadas há alguns meses. Resultados enfim, depois de tanta murmuração.
A noite não aguardava nada de mais, o dia que fora embora há algumas horas atrás também não requisitou pensamentos ou lembranças fortes. Me lembro somente que haviam pessoas frustradas com a correspondência sentimental alheia. O sábado foi romântico - não pra mim - mas foi. Não estou com clima nenhum de romance; minhas duas maiores vontades atualmente têm sido de gritar e sair correndo.
Uma rotina massante andou me estressando, admito sim que este último fim de semana serviu pra relaxar um pouco, e foi também o momento em que minha cabeça explodiu de tanto pensar e tentar decidir sobre algumas questões - uma decisão que neste momento ainda não tomei. Minhas duvidas com relação aos outros são frequentes, se eu pudesse parar para pensar somente em mim, seria bem melhor; mas infelizmente eu odeio deixar alguém quem não merece triste e destruído pelas minhas decisões.
O dia final foi estimulante, nada é melhor em uma viajem do que o momento de voltar. Muitos lamentam; eu não. Minha casa pode até ser o último lugar onde eu queira estar às vezes, mas a distância faz bater a saudade daquele quarto espaçoso com duas camas e todos os meus irmãos eletrônicos que compõem a minha vida meio nerd. Amo de forma anormal esse meu pacato cotidiano, algo que levarei para o túmulo.
Na resenha, meus amigos são aqueles estranhos demais. Isso faz com que 'os estranhos' deste título venham a ser meus próprios amigos, enquanto os outros estranhos passam para um patamar de seres insignificantes. O doce paraíso mudou sua forma e tornou-se meu mundo; ele perdeu sua letra maiúscula pois não se trata mais de algo próprio, mas de uma sensação adorável de estar no meio de um jogo sarcástico e enigmático. Não preciso mais desaparecer para refletir, tenho aqueles que apreciam minha lealdade; aqueles que a difamam teram que engolir a cru - afinal, não devo muita satisfação a eles.