domingo, 5 de dezembro de 2010

Dias a Menos em Dezembro

 Eis o efeito de mais um domingo chato!

Generalizando...
 Dentro dos meus planejamentos, eu estaria em casa curtindo o tédio. Então um convite inesperado surgiu e quebrou aquele medo de ter mais um domingo monótono com final desesperador - o de saber que no dia seguinte você terá que enfrentar sua rotina, assim como fez durante todo o ano.
 Dezembro. O mês do natal causa em um aumento considerável no nível de preguiça de todo mundo. Essa época festiva de fim de ano chega a ser até emocionante, uma vez que bate de frente contra nossas malditas vidas comuns. Mesmo sem poder definir, um presságio é certo: não irá durar para sempre.
 Absolutamente nada é capaz de preencher a tediante sensação de começar tudo outra vez, sem parar. Depois de uma temporada de grandes festas na sociedade subdesenvolvida, ver pessoas reclamando de suas ressacas e de seus salários baixos é uma constante. Ter de ouvir em todas as fontes comunicativas que o mundo está acabando se tornou parte de um cotidiano ridículo baseado em crenças sem o menor fundamento. A pior parte é saber que nós - jovens ou não - estamos ficando ainda mais velhos e mais independentes para questionar o chato. Felizes ou não, é inevitável não fazer parte dessa maioria, integramos um mesmo sistema e vivemos - ainda que distintos - num mesmo cotidiano.

Particularizando...
 Dar voltas e mais voltas num shopping qualquer não me satisfaz mais. Ainda que minhas companhias sejam agradáveis e que espontâneas risadas sejam arrancadas de mim, minhas pernas estão se cansando da robótica andar e sentar quando não se tem grana - a maioria de vocês deve me entender. Meu cérebro é grandioso demais para serdesperdiçado dessa forma, ele pede por algo maior. Por favor, não tenha uma visão arrogante sobre mim; afinal, seu cérebro também pode ser grandioso, então comece a usá-lo bem!
 Aproveitando a deixa, agradeço aos meus amigos mais chegados por compartilharem comigo uma mesma visão. Juntos temos muito a oferecer, mas talvez essa cidade suja não mereça tanto assim.
 O que estou fazendo afinal? Desabafando diante do término de mais um ano? Talvez. Honestamente, estou respirando fundo agora, alternando entre diversas páginas do navegador, baixando algumas músicas que me agradam e é claro: pensando em boas palavras que definam a agonia de segunda-feira.
 Pulando para a casa da conversa de elevador sobre o clima... o calor que estoura em todas as fases do dia não tem ajudado muito. Estive caminhando em passos lentos pela chuva nesse fim da tarde quando percebi o quanto é possível sentir-se mais suado pelo mormaço que molhado pela garoa. Put# que pariu! De repente rola um apagão no shopping, as portas das lojas são fechadas e a cidade fora encoberta por um cinza obscuro. Magnifico! Como eu sempre imaginei em minhas histórias catastróficas. Só não contava que a dita cuja massa cinzenta que encobria os céus também pesasse sobre a minha cabeça; embora talvez nem mesmo seja ela, mas apenas a minha falta de compreensão desses dias que não fazem sentido algum.
 Tentar compreender as coisas difíceis de se suportar é como dar socos em pontas de pregos. Qualquer sentimento de inferioridade pode causar certos complexos emocionais e sentir-se impotente diante de algo ou alguém pode torná-lo obcecado em ser melhor - ou consumido pela inveja; são exemlos úteis. Talvez essa merda toda não faça muito sentido para você, mas é o que tenho testemunhado.
 Meus dedos que aqui escrevem não me deixam mentir:
existe uma zica em dezembro que deixa todo mundo assim, meio idiota.

 Contudo, uma boa notícia de fim de ano: acabou o campeonato brasileiro!

2 comentários:

  1. Gostei do texto até por ser um testemunho particular, tbm estou passando pq te indiquei para dois novos selos

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