segunda-feira, 28 de junho de 2010

Solo ao Infortúnio

Notas tocadas em suspiros ofegantes,
meu poder inabalável, inconstante.
Precisas no amor, no desgosto eterno,
a eterna música, a paixão nunca paga.
Apagadas as velas, toquem mais notas,
toquem minh'alma em mais uma canção.
Melodias que ecoam na minha mente,
dançam com a tempestade e a solidão.
A música permanece colossal e inconstante,
diante dos momentos que pude compreender:
Há música dentro de mim, gritando por você.

sábado, 26 de junho de 2010

Todas as Voltas do Mundo

 Muitas vezes paramos no tempo para pensar na nossa vida e em tudo que fizemos, seja bom ou ruim. Dessas coisas, muitas estão guardadas na nossa mente de forma tão intensa, que sabemos que ficarão ali para sempre. Outras são vagas lembranças que dificilmente retornam à nossa memória, e que ao resolverem voltar, trazem consigo uma nova chance.
 Na maioria das vezes é o mundo que nos traz as devidas lembranças; a sensação é sinistra e tudo parece ser bem assustador, quer negar que está ali mas não consegue. Você sabe que o tempo te amadureceu, a criança agora está morta, todas as voltas que o mundo deu serviram somente pra te dar ainda mais equilíbrio. Assim toda a história se repete, você erra diferente de antes, mas de forma semelhante, as chances diminuem conforme você pensa, o aprendizado é constante.
 Em dezessete anos de vida eu aceitei e rejeitei muita coisa, coisas que pelo meu julgamento eram nocivas, ou não. Fácil na infância era me intrigar, brigar de porrada, apanhar demais e bater de menos, sem nunca perder a convicção de um dia me vingar; doce vida de pirralho psicótico.
 A convivência e os ambientes influênciam; por vezes formam seu caráter, ou destróem o que nem existe. Brincadeira de criança pode ter um fundamento verdadeiro dentro de alguns anos, talvez a garota que você puxava o cabelo na segunda série será um dia sua ficante, uma possível namorada. Talvez todo esse sentimento sempre existiu; você nem sabia, ou era imaturo demais pra assumir.
 Analisar imagens passadas é algo interessante. Lágrimas ou risos, depende de quem está relembrando, depende do que está sendo relembrado. Cinquenta anos de casado, festa importante e imperdivel; mas qual será mais importante: cinquenta ou cinquenta e um? Tanta gente morre enquanto muitos nascem, o cara que cortou seu cabelo e te deixou invocado, hoje está à sete palmos; o filho dele é o seu primo desconhecido, que se tornou seu amigo na festa da família, e ele não cobrou nada por isso.
 Inimigos de infância nunca morrem, e mesmo que morressem estariam vivos na mente. A única coisa que pode matar um inimigo é a conversão deste, quando ele se torna um companheiro de únicos sábados, quando você enxerga que hoje ele é no máximo o seu rival nos video-games. Os outros serão sempre outros, está é a grande mentira dos revoltados. Todos te olham assim como você os olha, a vida que corre em você possui consequência nele e vice-versa - não existe vantagem, de fato.

 A turma agora foi desfeita, acabaram-se as sessões de boas risadas, todas as brigas cessaram; tudo foi preciso para que cada um seguisse a sua vida, para uma nova turma encontrar, e começar novas brigas, novas risadas. Seu brother não é mais tudo aquilo de antes, talvez ele tenha corrompido os seus limítes, ou é você que não o aceita daquela forma. Seus colegas purrinhados cresceram e agora tiram sarro de você; Deus nunca dará asas às cobras, mas talvez o Diabo as dê, com um par de chifres e presas.
 No prelúdio do fim do dia pensamos se é justo, mas nem mesmo sabemos o que de fato é a justiça, e não fazemos idéia do peso dessa palavra dentro de um mar de tantos significados. Talvez a cidade se enjoou de nós, ou somos nós pobres rebeldes que não consiguimos lidar com o fim do mundo, ou com o fim de qualquer coisa. Nossas pedras jogadam podem voltar, palavras que afirmamos com toda nossa fúria podem um dia ser digeridas por nós mesmos.

 Então nos jogamos no chão, desesperados.
 Estamos num devaneio, labirinto sem saída; queremos correr atrás de tudo, mas não temos sequer a possibilidade de segurar todas as coisas de uma vez. As lágrimas da nossa perdição se tornam uma poça como um espelho, onde podemos nos ver, mas se nos tocarmos estaremos desfeitos.
 O respirar mais calmo chega aos nossos pulmões, somos alguém afinal. Estamos derrotados e despedaçados, mas nos restou a força suficiente para se recompor; olhamos para o horizonte limitado do nosso quarto e sabemos que um novo momento se aproxima, a música ligada nos dá um tom de poder e conquista, mais uma vez queremos ir a luta. Vai tudo começar de novo, e mesmo assim jamais saberemos: não importa quantas voltas já demos, todos queremos andar no mesmo brinquedo perigoso, ansiando o impossível. Se não pudermos conquistar o universo dessa vez, vamos apenas relaxar e curtir a viagem.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Vontade e Coragem

 Este foi mais um dia desperdiçado.
 Falando desse jeito, se tem a impressão de que eu passo raiva todo dia, mas admito que não são todos; e que toda raiva é um male que vem para o bem. Na época em que eu fazia tratamento psicológico, minha psicóloga me disse que a raiva é um dos melhores sentimentos humanos. Diferente da ira, que possui tons destrutivos, a raiva nos permite pensar e elaborar estratégias para vencermos os problemas. É interessante sentir raiva quando se sabe usá-la.
 Desde pirralho eu sou considerado louco por muitas pessoas. Com as insistência delas em me tratarem assim, decidi assumir minha loucura, dizendo sempre que nunca cometi a locura de ser normal; eu realmente acho que não sei o que é isso, e não alimento intenções de descobrir.
 Eu já me cansei de ter que ironizar as coisas que considero estúpidas, mas continuo a fazer isso. Se eu fosse dizer ao mundo o que penso dele, tenho certeza que eu acabaria cruelmente assassinado em unanimidade. Por vezes eu ainda penso se no mundo existem pessoas como eu; eu já encontrei muitos semelhantes, com a mesma linha de pensamento, mas nunca iguais a mim. Você pode até achar que eu estou me gabando, e digo que estou sim! Tenho muito prazer em parar no meio da rua e olhar em volta, sabendo que todos - ou pelo menos a maioria - vivem por nada, estão ali apenas para assistirem a ascenção de pessoas verdadeiramente determinadas.

 Estou vendo, em cada canto, pessoas jogando fora todas as oportunidades de se tornarem melhores. Dia após dia eu testemunho criaturas desprezíveis se intitularem corajosas e destemidas, mas que nunca dariam a cara pra bater diante de um desafio, jamais sarificariam o seu luxo pela chance de evoluir o seu caráter pobre, estão comendo sardinha e arrotando caviar. Todos com a insaciável vontade de ser, sabendo que nunca serão.
 Pessoas tendem a pensar somente em si mesmas, eu não nego essa afirmação de forma alguma; pois eu mesmo só salvaria você no caso de não morrer junto. Ainda não encontrei uma palavra que definisse o mundo épico que sonho para mim e para você, que pensa como eu; posso dizer apenas que é incrível e surreal, algo próximo de cumplicidade.
 A pouco tempo eu comecei a entender o motivo de tantas pessoas odiarem tantas coisas. Tudo que é novidade hoje vira objeto de ódio e desprezo na boca das pessoas, ou -em alguns casos - são simplesmente idolatradas, virando as tradicionais modinhas que contaminam o mundo.
 Lingando a sua TV hoje para assistir qualquer merda, você sintoniza no programa 'Pânico', que é muito conhecido em todo o Brasil. Quem assiste - e quem não assiste - sabe que toda idiotice feita no programa vira modinha entre os brasileiros, e eu fico muito feliz em saber que existem pessoas que abominam isso, assim como eu. Sempre defendi a tese de que sábios criam e buros copiam.
 Os seres que propagam tais idiotices consideram alguns dos personagens retardados, mas mesmo assim os continuam imitando. No fim das contas o resultado será o mesmo: os retardados continuaram ganhando muito dinheiro, enquanto você ficará só filmando a sua 'original' performance, para mandar para o YouTube e ver seus amigos te idolatrando. É pura diversão!

 A verdade é que o mundo pertence aos loucos. Eu não estou falando de loucos doentes internados em hospícios, mas de loucos pela vida, pessoas que anseiam se tornar alguém, e que não nasceram apenas para aplaudir, mas para serem aplaudidos.
 Quem seria Lady Gaga se não fossem seus clipes sensuais e escandalosos? Que fama teria Ozzy Osbourne se o próprio não fosse tão estranho? Os Mamonas Assassinas seriam tão reconhecidos se suas músicas fossem politicamente corretas? Madonna seria reconhecida como Rainha do Pop se suas performances fossem 'decentes' e aceitáveis? Nunca.
 As pessoas se intitulam importantes demais, mas toda essa importância que elas pensam ter não passam dos seus perfis do orkut. A maioria da sociedade encara o mundo hoje como uma corrida de números, onde a única coisa importante é quem tem mais amigos; ou quem tem mais moral; ou quem 'pega mais' - e isso não fica restrito só aos garotos.
 Enquanto você perde o seu precioso tempo falando da vida boa dos outros e reclamando do seu leitinho derramado, existe gente lá fora que não está nem aí para os seus comentários revoltados. Pessoas realmente inteligentes estão cometendo loucuras pelo reconhecimento do mundo. E você? O que você está fazendo hoje para cobrar reconhecimento amanhã?
 Pare de chamar pessoas de loucas e comece a arquitetar as suas próprias loucuras. Aqueles rotulados como os 'excluidos da sociedade' são muito mais felizes que você, que se preocupa apenas em manter a sua pose perante o que os outros consideram aceitável. Eu não quero induzir ninguém a tirar a roupa e ser preso por atentado ao pudor, estou apenas dando uma dica pra você que cansou de ser tratado como 'mais um na multidão'. Crie coragem para correr atrás do que você quer e conquiste seu espaço; se for preciso, cometa loucuras, e orgulhe-se sempre da sua luta!

"Faço tudo o que quero da forma que quero; no final, pelo menos eu estarei satisfeito."
(Sérgio Bitencourt)

terça-feira, 22 de junho de 2010

Os Amigos, os Estranhos e o Paraíso

Parte 1 - Voltando pra Casa
 Eu morei fora por algum tempo, e então voltei pra minha cidade natal tendo em mente muitos projetos. Dentre eles: me formar no ensino médio, recuperar as vagas que perdi, e quem sabe conseguir também uma nova namorada, já que a anterior eu perdi pra outro cara quando me mudei.
 Nesse meio tempo alguns amigos estiveram se comunicando comigo, e reencontrá-los foi muito bom. Não posso comparar os amigos que tenho aqui e os que tenho na minha outra cidade; são interações diferentes, levarei comigo sempre. Amigos serão sempre amigos, e jamais deixarão de ser; a menos que nós causemos isso. Em qualquer lugar, não importa o dia, mês ou estação do ano; nós: seres humanos, estamos sujeitos a nos socializar, somos frágeis à solidão e precisamos de alguém para compartilhar.
 Na volta pra casa eu pensei muito sobre tudo que passei por ali, e pensei também na saudade que eu iria matar. Pouco tempo depois da minha chegada aqui, peguei o primeiro ônibus para o bairro vizinho, ancioso em fazer uma visita aos bons amigos que conheci no dia 1º de Maio de 2009. Eles não são da minha rua, nem da minha escola, alguns são como primos e outros já são da família, muitos ainda são estranhos pra mim. Nosso ambiente nos cerca de muitas regras sobre certo e errado, o que torna as ações de cada um ainda mais interessantes. A igreja é o terceiro padrão na mudança de comportamento das pessoas, perdendo apenas para a nossa casa e a escola. É, de fato, um bom lugar para se fazer amigos, sendo também o lugar mais controverso, não em relação as minhas dúvidas com a religião, mas em relação as atitudes das pessoas, dos amigos - ou não - que temem, como a morte, perder a sua santidade.
 Digo sempre que minha paciência e minha maturidade estão em constante evolução. Se você pensa que eu me acho adulto demais, saiba que as suas virtudes também estão evoluindo, e que a sua critica perante o meu comportamento é apenas um reflexo da sua infantilidade, já que você não consegue ser adulto ou suficientemente maduro como eu. Seria hipocrisia demais não querer me admitir como sou.
 Desde quando me intendo por gente, venho acompanhando a minha evolução como um ser humano e sociável, eu aprendo muito em todos os lugares que passo, e deixo guardado na minha cabeça aquilo que jamais devo esquecer. Mas admito que a igreja foi, e ainda é o lugar do meu maior crescimento; onde minha paciência e minha maturidade se desenvolvem de forma voraz e violenta.

Parte 2 - Lados da Convivência
 Meu pai sempre me orientou sobre a escolha dos meus amigos. As idéias dele soavam como coisa de gente desconfiada, mas vivendo eu percebi que esse tipo de escolha é necessária, do contrário você acaba sendo manipulado por qualquer idéia, desistindo das suas verdadeiras razões, tornando-se um fantoche nas mãos de qualquer um - ou do pior dos piores monstros.
 No meio da minha estada com essa nova turma, o tempo começou a me mostrar seu poder. O amigo que jamais me abandonou continuava do meu lado; aquela menina ingênua e desenganada estava aprendendo a lidar com os seus próprios fracassos, erguendo sua face mesmo depois de cometer o mesmo erro várias vezes. Minha líder continua linda e feliz, acompanhada do cara que hoje é a minha inspiração, por sua atitude diante de Deus e diante de nós adolescentes. A garota mais histérica se tornou minha prima, e uma das minhas melhores companhias. O tempo preservou então o que era bom, e mudou o que fosse preciso. Cada um deles tiveram as suas próprias experiências; todas elas refletiram em mim, na minha visão geral acerca de cada detalhe, e no que hoje sinto por cada um deles.

 Ao chegar perto de todos, eu consigo sentir aqueles que realmente me consideram; é por isso a palavra estranhos no título, não por alguns deles serem estranhos pra mim, mas por minhas atitudes e pensamentos não serem reconhecidos por eles como algo maduro. A maioria desses estranhos são pessoas que tenho a esperança de que um dia tornem-se meu amigos; alguns deles - sob a minha visão - são sujeitos comuns e por isso venenosos; cretinos, enganadores e charlatões, sendo estes, irônicamente, nossos amigos mais santos.
 Também conheci gente nova, e sobre estes eu não quero comentar ainda, pois não os conheço o suficiente. Desconhecidos pra mim são como um mar de fantasias, e posso esperar de tudo deles.
 Logo, minha concepção de tudo tornou-se diferente do ano passado, e o motivo é bastante simples e otário: eu me apaixonei.

Parte 3 - Paraíso
 Encarar meu sentimento por ela foi algo que me fez pensar muito; eu pensei durante tanto tempo, que só percebi o que sentia depois que eu a vi com outro cara. Depois de algumas conversas com amigos da minha confiança, partiu de mim a decisão de falar com ela; sem receios eu me declarei e hoje ela já sabe o que sinto, sendo algo forte, de difícil definição - não chamo de amor pois isso pra mim é muito sério.
 Enfrento todas as nossas diferenças da maneira que posso, não sou assim tão maduro e por isso admito ser bastante estúpido as vezes; existem muitas coisas que ela precisa ouvir, coisas que se eu pudesse eu nem diria, só pra não ter que ver aquele rostinho triste e chateado.
 Eu já me revoltei muitas vezes pelo fato de ser bobo e apaixonado por ela, mas isso é algo que eu não posso controlar e somente ela pode destruir. As amigas dela me dizem que sou corajoso; não que ela seja feia, pelo contrário! O paraíso pra mim tem o sorriso metálico e delicado dela, que ela insiste em esconder nas fotos. Sou corajoso porque estou lidando com uma personalidade forte e um temperamento docemente sanguíneo e colérico. As explosões de fúria dela me assustam, mas ao mesmo tempo sei que seria diferente se as pessoas tivessem mais compreensão com a questão pré-adolescente dela.

 O sentimento foi declarado, as conversas são sempre interminadas, minha paciência firme. Isso foi tudo que eu tive até hoje, mas ela pediu um tempo pra se recompor e eu estou só esperando; eu disse que vou esperar, eu preciso cumprir. Eu não sei o que ela pensa ou pretende, eu não conheço a vida dela pra dizer que é de mim que ela precisa, eu não sei se eu preciso mesmo estar com ela. Porém isso não é, pra mim, uma questão de necessidade, - antes fosse - mas uma questão de puro sentimento. Como dito antes: só ela pode desfazer o que eu sinto; e eu estou sem reposta.
 Estas não são consequências minhas ou dela, mas de tudo aquilo que deve acontecer para que nós estejamos maduros o suficiente para tudo. Eu não me aborreço mais por gostar tanto de toda essa situação, mas sorrio sabendo que ela aprende, eu aprendo, e que talvez nós não fomos feitos um para o outro.


 Paraíso agora está longe de mim; eu espero que me perdoe.

Parte 4 - Dados e Pedras
 Desde sempre aprendi a não revidar as pedras que me acertam, mas em guardá-las para a construção da minha fortaleza. Toda essa minha visão dos outros pertence a mim, e somente a mim; acredito que diante de tudo que observo e posso constatar, tenho um mínimo de razão naquilo que escrevo, mesmo que só eu acredite. Eu estou devidamente pronto para começar uma nova fase ao lado dessas personalidades loucas. Todos eles possuem uma importância: alguns exclusivamente pra mim, outros para as consequências que virão no futuro. A vida nunca me mandou recado, o jogo continua e os dados ainda estão rolando.

 Céu ou inferno? Só vivendo pra saber!
Continuação - clique aqui!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Depoimentos do Orkut

 Quem não gosta de acessar o orkut e ver o anúncio de um novo depoimento?
 Eu particularmente adoro, é sempre bom ver que tem pessoas que se preocupam em tirar alguns segundos do seu importante dia pra te mandar alguma coisa. Mas nada é assim sempre tão interessante, essa história já rendeu - continua rendendo - muito lixo.
 Eu me lembro de quando fiz o meu primeiro orkut, depoimento era coisa rara. Você só escrevia um depoimento pra alguém no extremo da amizade, ou qualquer outro sentimento que fosse o ápice das relações...

Depoimento: de Privilégio à Imbecilidade...
 Normamelnte os depoimentos tinham um formato integro; isto é, continham início, meio e fim. Nada mais acima disso. Toda e qualquer pessoa começava os seus depoimentos da mesma forma: "Não sei o que dizer dessa pessoa, blábláblá..." Foi a partir daí que nasceu a infantilidade no orkut, quando certos imbecis sem infância começaram a usar metade das suas frases no diminutivo. O meio do depoimento, o desenvolvimento, era sempre citando inúmeras caracteristicas da pessoa elogiada; em alguns casos, as pessoas até numeravam as características, ou colocavam bolinhas, coraçõezinhos, todo o tipo de porcaria imaginável; e surge o mundo da fantasia.
 No final do testamento - depoimento - as pessoas sempre deixavam aquele agradinho básico; dizendo que ama, que pode contar sempre, que é o melhor amigo(a), e os exemplos são muitos. Naquela época, melhor que mandar ou receber um depoimento era ver a satisfação da pessoa que recebeu a sua 'carta elogio', e saber que em breve você receberia uma em troca.
 Aqueles que me entendem sabem que, assim como eu, foram felizes e não sabiam. Simplesmente por que hoje o aclamado depoimento se tornou recado no orkut; eu sei que é meio estranho dar tanto valor assim à meros textos mal escritos, mas a quantidade de inutilidades motivacionais que levam alguém a escrever um desses hoje é incrível; quase inacreditável.
 Numa conversa normal e pacata com um amigo, vocês entram em determinado assunto que faz com que alguém solte uma palavra - ou frase - mal falada, então aquilo vira motivo de inúmeros risos e piadinhas, fora a zuação sem limites que sempre acaba destruindo algumas amizades. Daí a merda da expressão acidental falada a algum tempo atrás, chega no orkut do infeliz na forma de depoimento. E eles são sempre iguais, mudando somente a formatação e o palhaço que escreve.


 De cara vem a frase maldita, basicamente em itálico com a palavra marcante em negrito, sublinhado ou os dois juntos; alguns ainda se dão o luxo de colocar aspas. Quando não vem na frente da frase, segue logo em baixo as risadinhas em tons coloridos e o smile da linguinha, pra dar a impressão de 'somos muito retardados'. Pra finalizar tem aquele 'eu te amo' básico, que é a mais nova modinha-falsidade da internet, mas isso será assunto de outro trapo. Com a solene expressão vem o coraçãozinho (Alt+3), basicamente colorido de vermelho ou qualquer outra cor chamativa, mas o pior ainda está por vir...


 Praticamente todos os depoimentos desse gênero possuem a expressãozinha mais fuleira e ridícula de todas. Ainda está pensando qual seria essa expressão? Pois se você pensou no 'nóis entende' ou variações dessa por#@, acertou! De fato não há nada de anormal nisso, a não ser algumas formas analfabéticas de alguns usuários, e também a raiva de perder o seu tempo lendo algo que duas pessoas acham que somente elas entendem. Isso é criancice, modinha tola, queimação de filme. Escreva para o seu amiguinho(a) algo que ele e todos entendam, até hoje eu não achei necesidade de usar essa praga nas motivações mais óbvias do mundo. Cresce cambada!
 Reclamar de depoimentos é algo bastante retardado, eu admito. Preciso reconhecer que o orkut hoje está sendo absolutamente invadido por pirralhos da 'stronda' e uma galera favelada feia tentando 'fazer bonito' de algum jeito, o cérebro cagado dessa galera não permite que eles postem algo decente e sem lero-lero. Me desculpem, mas eu sou totalmente contra a poluição digital.
 Tomando outro rumo nesse assunto; andei observando alguns perfis e recebendo alguns recados 'indiretos'. Existem pessoas que infelizmente alimentam uma necessidade insaciável de receber depoimentos, tanto que esse lance já virou até joguinho, sem falar nos diversos quebra-galhos para aqueles que não tem o mínimo de criatividade na hora mandar um depoimento ou escrever no perfil. Coisas feitas para serem legais fogem do controle, e acabam se tornando insuportáveis.
 Uma colega minha criou um novo orkut por esses dias, pois o dela foi hackeado. Ontem mesmo a beldade me pediu por msn, na cara dura, um depoimento; dizendo ainda que se eu mandasse, receberia um em troca. Pela consideração eu mandaria, mas acho que como amigo que eu tento ser, meu dever é fazer com que ela aprenda que depoimentos não são joguinhos, e que é melhor receber um verdadeiro e inesperado, do que uma coisa forçada e sem graça. Minha real vontade foi de mandar ela pro caralh#, mas deixei essa passar, ela é até gente boa.
 Contudo, futilidade é uma palavra que gosto de usar quando o assunto é orkut; ver pessoas fúteis reclamando de sua vida fútil com seus amigos fúteis é bem legal; dando a mesma sensação de assistir a um bando de pagodeiros discutindo rock. Esse lance de depoimento já se tornou modinha a muito tempo, e pra quem não segue essas ondas de senso comum, fica difícil de engolir o sapo. Ao contrário de muitos, eu não vou deletar o meu querido orkut por causa disso, mas tentar mostrar alguma diferença naquilo que eu faço. Se você não faz merda nenhuma pra mudar nada, comece entrando nessa comunidade, e pare de mendigar depoimentos! Você entende...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Diário do Blogueiro Iniciante III

 Em apenas quinze dias da minha vida, descobri como é excitante ter um blog. No início foi tudo muito confuso, agora é bem normal, é uma realidade incontestável; o TRAPO existe e já é adorado por muitos. Esses dias de partida são fundamentais para saber quando continuar, e quando parar; eu admito estar orgulhoso em poder continuar com isso sabendo que existem pessoas que anseiam ler tudo o que eu escrevo. O pseudo-controle recém formado acaba desaparecendo, e é inevitável sentir-se orgulhado.
 Ele já foi incluido nos meus favoritos, e nos favoritos de muitos leitores; está nas frases de msn, no orkut e na boca dos amigos. Se existe um caminho de sucesso à seguir com um simples blog, eu reconheço estar caminhando sobre ele. Como eu disse na primeira página desse diário, eu não quero alcançar pessoas e nem força-las a pensar como eu, mas isso está sendo consequência do meu trabalho por aqui, e seria um pecado imperdoável dizer que eu odeio a propagar minha poderosa influência.
 Eu costumo dizer que esse blog salvou minha vida. Não na forma literal de salvar alguém, mas na forma integra de salvar os meus dias do tédio; tudo vira idéia na minha cabeça, as idéias tornam-se projetos, os projetos tornam-se posts, que eu carinhosamente chamo de trapos. Eu não sei muito bem como expressar minha alegria em receber um elogio e em saber que meus amigos estão lendo algo inteligente e de puro bom senso. Sou um blogueiro de apenas quinze dias; pode parecer uma miséria, mas eu me sinto o cara.
 Meio mês foi o suficiente pra esse blog maluco ter o seu primeiro ESPECIAL, tratando de assuntos específicos, conquistando leitores e emanando inteligência. Como eu disse a alguns amigos que também possuem um blog: "Isso é coisa pra quem tem compromisso!" E eu amo a sensação de chegar em casa sabendo que existem muitos assuntos prontos pra virar trapo na minha mão. Estou no meu mundo de idéias, numa página com a minha cara, onde eu mando e desmando. Nada melhor que essa adorável rotina.
 No meu terceiro fragmento de diário, eu gostaria de agradecer aos diversos leitores e aos vinte atuais seguidores do meu blog. Saibam que vocês são importantes pra mim; por consequência, são importantes para o TRAPO, e através dos próximos meses, a nossa aventura continua...

Diário do Blogueiro Iniciante: 1 • 2 • 3 • 4 • 5 • 6

terça-feira, 15 de junho de 2010

ESPECIAL Dia dos Namorados

 Se atrasou no nosso ESPECIAL? O TRAPO te dá uma mãozinha!
 Confira abaixo a lista dos trapos que rolaram durante a semana mais apaixonada do ano!

• 07/06 - Prólogo
• 09/06 - Entendendo o Namoro
• 10/06 - Amor e Cicatriz
• 11/06 - Burrice Afetiva Opcional
• 12/06 - ♪♫ Valentine's Day
• 12/06 - Conclusão
• 15/06 - Traição: Perdoar ou Não?


Em breve teremos novos ESPECIAIS!
Aguardem...

Traição: Perdoar ou Não?

 Encerrando o ESPECIAL Dia dos Namorados, quero comentar sobre uma questão fundamental para o encerramento de muitos romances. Quem já levou um par de chifres sabe como é, quem ainda pensa que não levou está muito enganado, quem nunca botou um em alguém é muito honesto, ou muito babaca. Eu não quero incentivar essa pratica aqui no blog, mas digo que é uma experiência única; onde ao mesmo tempo em que você se acha 'o esperto', descobre ser 'o trouxa'.

 Traição - do latim traditione; ato ou efeito de trair.
 Dizem os ditados que tudo que é proibido torna-se bem mais gostoso de se fazer. De fato sim. Mas isso vai depender da sua mãe consciência; será que você poderá se esconder por muito tempo? Será que você gostaria que alguém descobrisse o que você faz às escuras? Será que você gostaria que te apunhalassem como você apunhala as pessoas? Será que vale mesmo a pena correr o risco de trair? Será que o seu caráter vale mesmo tão pouco? Pense bem...
 Algumas pessoas podem até pensar que minhas idéias postadas aqui no TRAPO vêm de pensamentos que não são meus. Mas tudo que eu escrevo vai bem além dos meus pensamentos, pois são experiências; coisas que vivi, e ainda vivo, durante a minha enorme questão adolescente. Tive vontade de falar sobre traição aqui pois já vivi muito disso; e começou logo na minha primeira experiência afetiva, detalhes aqui.

 Os caras errados que andavam com a minha namorada eram mais que apenas 'caras errados', eu não tinha prova de nada, mas desconfiava e por isso terminei. Pouco depois do término ela já estava com ele, e reza a lenda que a mãe do garoto pegou ela na cama dele só de calcinha. Bem, pelo menos ela não estava mais comigo, e acabou ganhando má fama em toda a escola.
 Alguns anos depois eu enfrentei uma barra muito pesada devido a fofocas de escola, e devido a má reputação da minha namorada na época. Quando as pessoas souberam quem era ela, começaram a rir de mim, me chamando de corno e afins. Eu realmente gostava dela, mas não tive o conhecimento dessa destestável fama de puta que ela tinha na escola, eu não tinha motivos pra terminar com ela mas acabei terminando. Eu nunca havia pegado ela no flagra me traindo, mas as vezes nossa reputação deve falar mais alto que o nosso sentimento, infelizmente. Eu ainda fiquei com ela diversas outras vezes, mas nada sério, por motivos bastante óbvios.
 Até então eu nunca tive a confirmação de ser corno, e foi no ano de 2007 que eu resolvi sacanear uma menina muito bacana a qual eu estava ficando. Numa festa de uma cidade no interior de Minas, eu fiquei meio empolgado e acabei pegando uma menina de lá. Foi uma noite bacana ao lado dela, mas depois bateu o maldito arrependimento, e com o meu amigo falando na minha cabeça sobre o meu erro, eu encerrei a festa sentado na calçada, chorando, morrendo de remorço. Terminei com ela dias depois, mas não tive a coragem de dizer o motivo.
 Ano passado foi a vez da vida me dar o troco pelo que eu fiz com aquela garota à dois anos atrás. Ficando com uma menina da escola, me veio um baita feriado com direito a festa junina de uma escola famosa do meu bairro. Eu não me lembro aonde eu estava nesse feriado, mas me lembro da cara de coitada da minha ficante, me pedindo perdão, chorando por ter me colocado um par de chifres. Os chifres não doem, e somem com o tempo; o que faz com que eles cresçam é justamente o comentário da galera que viu o fato, e que pensa que nunca tomou e nem vai tomar um. O impressionante é que eu ainda consegui perdoar a garota, mas minhas intenções de namorar com ela desapareceram; hoje nenhum infeliz lembra mais disso. Graças a Deus.

 Depois dessas e outras experiências sobre tomar e colocar chifre, eu me tornei um bom conselheiro para alguns amigos, e ajudei muitos deles a descobrirem a verdade por trás do relacionamento. Eu passei a abominar a infidelidade; hoje eu não consigo mais trair ninguém e nem ficar com garotas que traem seus companheiros. Como eu disse no início desse trapo, pessoas que não traem podem ser honestas ou babacas. Se for pra ser hoje um babaca, eu admito ser, mas minha integridade permanece firme desde as minhas infiéis experiências no passado.

 Perdoar uma traição é algo realmente difícil, e que também pode ajudar a definir o que você sente. Odeie uma pessoa em não perdoar; tenha pena dela em liberar o perdão. Não se intimide pelas ameaças de ser um careta em não trair, não deixe que as aparências enganem você, o seu bom caráter tem um preço alto, quase inegociável. Deixe que galos e galinhas da sociedade fanfarrona se comam e se destruam, a não ser que você faça parte desse puleiro.
 Antes de não perdoar alguém, olhe para si mesmo e perdoe as suas burrices. Saiba aprender com os seus erros, e aprender dobrado com os erros dos outros. Sua reputação e seu reconhecimento vêm exatamente de você, e não há necessidade de provar pros seus amigos tolos que você é capaz de enganar alguém que talvez te ame de verdade. Você pode cantar vitória agora pelo seu poderoso ego, mas ele pode te abandonar algum dia, e deixar um par de chifres na sua testa.

domingo, 13 de junho de 2010

12/06 - O FIM

 Aqueles que pensam que eu passei o valentine's day em casa, editando alguns trapos, se enganaram. Como o ditado manda, o noite é dos solteiros; e aproveitando o incentivo do dia, fomos eu e alguns amigos ao shopping, com o objetivo de pegar um cineminha e escapar do tédio de ver tanta gente junta e nós não. Talvez uma atitude animasse o péssimo dia.
 Todos os seres humanos têm dentro da sua cabeça uma vozinha, bem semelhante a sua própria voz, que as vezes se manifesta, dando conselhos sobre algumas coisas. Se você nunca ouviu a sua intuição, saiba que ela existe, e que você é estupido o suficiente para não conseguir ouvi-la!
 Ela resolveu falar comigo ontem, e disse: "Sérgio; se eu fosse você ficaria em casa e acabaria de zerar o Devil May Cry 3 no nível Hard. Você já está atrasado, e vai acabar passando raiva."
 Mas pra que ouvir a intuição, quando sua mente está animada a fazer qualquer porcaria, não é mesmo? Eu fui, e ao trancar as três portas da minha casa, foi dado início ao FIM da minha semana.

 Ao sair percebi que tinha esquecido o cartão da Planet Sport, mas não tive o ânimo de voltar pra pegar. No caminho de três quarteirões até o ponto de ônibus, agasalhado com a minha enorme blusa de frio, meu corpo começou a formigar de tanto calor. Chegando ao ponto, passavam-se todos os ônibus da face da Terra, exceto o meu; curioso não? Depois de longos cinquenta e quatro minutos, lá estava ele; pronto à me conduzir para uma raiva ainda pior que todas essas.
 Pensei tanto nas possibilidades de melhorar tudo aquilo que a viagem passou num segundo, e chegando ao bairro vizinho, encontrei meus amigos; eles entraram no mesmo ônibus que eu estava para então seguirmos para o destino final. O trajeto foi regado a muita conversa fiada, idéia fraca, falta de respeito, gritaria, encheção de saco e purrinhação; inclusive um comentário bastante interresante, que será assunto de um próximo trapo, em breve.
 Desembarcando no shopping, depois de um engarrafamento desgraçado, fui obrigado a ouvir um ataque de meninas viciadas em acarajé, mas isso não vem ao caso. Fomos direto ao cinema comprar ingressos e enfrentar todo aquele procedimento padrão; mas o problema era justamente esse. Afinal, quem iria no cinema no dia dos namorados? Todos os filmes, todas as sessões, todos os ingressos; esgotados. Filas enormes para todos os filmes, sem nenhuma excessão.
 Sem cinema pra curtir, a diversão se limita. Mas no meio de muita discussão, alguém teve a boa idéia de andar pelo shopping, claro. "Vamos para a praça de alimentação!" Chegando lá; pessoas sim, mesas não. Senhoras gordas e caras solteiros sozinhos, encalhados, ocupando mesas de quatro lugares, com a mesma cara de c# de sempre. Nem por isso ficamos sem nos assentar.
 Arrumamos uma mesa com restos de porção, e com algum esforço coube todo mundo. Mas quando o azar tira o dia pra te perturbar, não adianta pensar que de alguma forma você escapou dele. Bastou eu buscar alguma coisa pra comer, pra descobrir que a galerinha da minha mesa andou roubando cadeiras alheias, e que isso quase nos rendeu confusão. O pior é ainda ter que comer ouvindo provocação da favela ao lado, além da chatice de pessoas da minha própria mesa.

 Comentários inúteis, assuntos desnecessários, idéias cada vez mais erradas vindas das mesmas bocas, é triste ver como existem pessoas que dificilmente mudarão suas vidas, pelo simples fato de serem burras. O shopping continuava cheio, minha enorme blusa de frio continuava pendurada na minha cintura, me dando um visual patético. A paciência foi se esgotando, o grupo se espalhando, e então tive algum momento de paz; quando um amigo me fez lembrar que em um dos melhores passeios no shopping da minha vida, eu estava sozinho, cheio da grana, curtindo um filme bacana; tão bom que até rimou. No final de tudo isso recebi uma boa carona. Afinal, nada mais justo que voltar pra casa de carro, depois de um passeio tão agressivo e desconcertante.


 Existem pessoas que salvam o nosso dia, ou a nossa noite; elas estavam lá, e elas sabem quem são. Talvez a raiva e toda a purrinhação de ontem seja um castigo pelas verdades que eu postei durante a semana, mas eu duvido. O dia foi numa totalidade satisfatório, afinal nada de ruim acontece sem que haja um crescimento por trás disso. As vezes eu preciso pagar pra ver, sair às ruas testar minha paciência, descobrir quem vai de fato compensar minha raiva, me decepcionar mais uma vez pelos mesmos motivos; estampar no rosto um belo sorriso, por saber que sou superior a tudo isso.
 E para fechar a noite, meu óculos foi destruido em três pedaços! Haja paciência...

sábado, 12 de junho de 2010

Conclusão ao Dia dos Namorados

 Depois de uma semana de trapos sobre o valentine, chegou o 'grande dia'. Quem namorava - e não terminou - ficou só na espera da especial data de encontro, alguns solteiros arrumaram alguém pra garantir a lembrancinha, já outros preferiram continuar no mesmo estado civil.
 Mas a real impotância é curtir a alegria de um dia tão significativo para o comércio brasileiro. Afinal, o que seria dos shoppings e das feirinhas com um dia comercial a menos, não é verdade?
 Hoje é o dia de perdoar os chifres, os escândalos e humilhações públicas, as brigas físicas e verbais, a má vontade do outro em estar com você, pois preferiria assistir aos jogos da copa; e também - em alguns casos - perdoar o transtorno de receber um presente fuleiro comprado na última hora, na lojinha mais barata do bairro. Deveria ser o dia do perdão.
 É interessante sair às ruas e encontrar um carro de som a cada meio quilômetro, ver garotas e garotos ganhando os seus devidos bouquets, restaurantes lotados de homenagens, sempre decorados com centenas de corações e florzinhas. Este sem dúvida é um dia memorável e controverso, servindo tanto para rir de alegrias momentâneas, e também chorar por não ter ninguém pra bajular e te fazer um carinho; sejamos honestos.
 Analisando este dia como um ponto de escape, veremos que vale muito a pena comemorar. Eu fui testemunha, e por vezes a causa, de diversos namoros destruídos, e por isso não acho nada mais justo que se ter um dia para aproveitar o lado bom da relação, caso ele exista. Muita gente no orkut e nos diversos sites de relacionamento postam estar muito felizes por serem solteiros assumidos, se bem que é muito mais fácil dizer isso do que assumir que está sozinho e inconsolado.
 Muito se falou sobre namoro durante toda essa semana; restando apenas uma breve conclusão:

 "Namorar é como plantar uma árvore com duas sementes distintas, germinadas no amor e na fúria;  florescendo e então dando frutos, que amadurecem com o tempo. Algumas morrem antes da hora, outras simplesmente apodrecem ou são destruídas por efeitos externos. Poucas delas tem a razão precisa para saber que nada é para sempre, podendo assim desfrutar de belas e aromáticas flores; até que alguém apaixonado as arranque da árvore, para presentear a quem ama."
(Sérgio Bitencourt)

Feliz Dia dos Namorados

♪♫ Valentine's Day

Linkin Park - Valentine's Day (Tradução e Música)

Tudo em mim fica cinza por dentro; tão devagar.
E assopraram enquanto eu desmoronava; tão frio.
Um vento negro os levou pra longe de vista,
e manteve a escuridão sobre o dia naquela noite.
E as nuvens acima se movem tão perto, parecendo tão descontentes.
Mas o vento sem coração continua soprando; soprando.
Eu costumava ser minha própria proteção; mas agora não.
Porque meu caminho perdeu a direção de alguma maneira.
Um vento negro levou você pra longe de vista,
e manteve a escuridão sobre o dia naquela noite.
E as nuvens acima se movem tão perto, parecendo tão descontentes.
E a terra abaixo cresceu mais fria, enquanto eles te colocavam para baixo.
Mas o cruel vento continua soprando; soprando.

Então, agora você se foi... e eu estava errado.
Eu nunca soube o que era estar sozinho, no dia dos namorados.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Burrice Afetiva Opcional


 Falta apenas um dia pro valentine; e quando se fala em juventude, gostar é uma arte. Mas não só na fase juvenil, pois todos nós começamos desde cedo a gostar de alguém, e aprontamos muito em função disso. Basta fazer parte de alguma sociedade facilmente disponível, como a rua, a escola, a igreja e o cursinho, para que nós solteiros lancemos nossos olhos impetuosos à busca de alguém simpático para... sabe como é, trocar uma idéia.
 Como o assunto aqui é valentine's day, vou me aprofundar no universo dos namoros, mostrando que quando fica difícil arrumar alguém decente pra namorar, muita gente acaba sendo vítima da burrice afetiva opcional. Se trata da soma de carência e burrice, é bem mais comum no sexo feminino e eu trouxe ótimos exemplos para a doença em questão.


Caso 1 - De Costas?
 Vou começar com o primordial comentário de uma das minhas inúmeras primas, numa amigável discussão sobre os verdadeiros sentidos de gostar de alguém. Minha prima defendeu que mulheres amam mais do que homens, eu questionei e pedi que me desse um simples exemplo, ela então me fez rir muito quando disse o seguinte: "... vocês homens não tem noção do que é se apaixonar por alguém apenas vendo a pessoa de costas." Realmente eu não tenho nenhuma noção de o que é isso; e sim, ela se apaixonou por um cara que não conhecia apenas por vê-lo de costas. Tenso não?

Caso 2 - Piriguetes Assumidas
 O próximo exemplo vem da cidade onde morei por algum tempo no ano passado. Eu estava voltando da escola acompanhado de duas garotas, a conversa se desenvolvia quando de repente as duas foram tomadas por violentos orgasmos instantâneos bem no meio da rua, tudo por causa de um carinha que entrou na padaria. Além de me matar de vergonha, as duas ainda colaram a cara na vitrine da padaria pra verem o rapaz, que comprava ali o seu pãozinho, sem dar a mínima pra elas. Quer mais absurdos envolvendo as duas beldades no cio? Quando eu as chamei de carentes, elas retrucaram: "Carentes não meu filho, somos piriguetes." Dale pombagira!

Caso 3 - Justifique Sua Resposta
 Outro dia eu estava na praça acompanhado de algumas garotas, e da mesma forma que o exemplo anterior, elas foram subitamente tomadas pelo desejo de dar... dar carinho, é claro. De início eu fiquei boiando, então perguntei o motivo de tanto alvoroço, foi quando elas me apontaram com os olhos um cara do outro lado da rua. Como eu não percebi nada de mais no rapaz, perguntei novamente. Uma delas respondeu que o cara era o seu sonho, eu perguntei por que e: "Ah, atóa! Nem sei..." Put# que pariu - gêmeos! Pra mim essa foi simplesmente a pior. Enquanto uma gosta das costas de um cara e as outras dizem ser piriguete, essa daí não teve nem uma justificativa esfarrapada pra quase morrer ao ver o cara. Vou parar por aqui pra não ter que xingar mais!

Caso 4 - Tolice à Primeira Vista
 Pra finalizar os mirabolantes exemplos da doença, conversei com uma amiga minha a algumas semanas e ela me disse que estava mal pois amava um cara, mas ele não ligava pra ela e ainda ficava com algumas das garotas do seu ciclo de amigas. No momento me bateu uma certa peninha, mas depois eu descobri que ela mal conhecia o sujeito, e que se apaixonou por ele à primeira vista. Esse lance de primeira vista é conversa de mal amada; porquê pra mim, mulher que tem a cabeça no lugar não sai amando assim, e eu nem sei se posso chamar de mulher os exemplos citados aqui.

 Você que está lendo deve estar se perguntando o porque desse nome, eu explico: BURRICE porquê esse tipo de doença nos faz passar vergonha e constrangimento, além de afetar a capacidade cerebral na escolha de alguém pra namorar; AFETIVA pois se manifesta a partir da carência sentimental; e OPCIONAL pois os doentes escolhem ser assim, e não ligam para os conselhos de pessoas mais experientes.
 Conclusão: Minha prima nunca soube quem era o cara de costas; segundo o meu orkut, as piriguetes continuam sendo piriguetes; a garota da praça ainda não tem motivos pra delirar pelo carinha do outro lado da rua; a imbecil da minha amiga continua afim do mesmo cara, e ele continua pegando as amigas dela.


 Se alguma dessas situações se encaixa com o que você é hoje, faça uma auto-análise e tome consciência de que você está se expondo a um papel ridículo, está afastando pessoas de você e está ficando cada dia mais carente e ainda mais burro! Dê uma olhada a sua volta e perceba que os únicos namoros que duram de verdade são aqueles constituídos por pessoas inteligentes e maduras. Mas caso você ache tudo isso uma grande basteira, fique a vontade em se apaixonar por meio mundo; continue passando o dia dos namorados triste e sozinho, reclamando que ninguém te dá valor.


A burrice continua... clique aqui!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Amor e Cicatriz

 Dos sentimentos mais complexos e traiçoeiros, o amor tem o seu troféu de platina. Por ser ele o único sentimento capaz de nos fazer tão bem; ao mesmo tempo em que pode nos destruir por dentro, acabar com nossas expectativas; e em alguns casos, tirar a vontade de viver. Mas de drama o TRAPO já está cheio, e chegou a hora de enfrentar as porradas sentimentais com a cabeça erguida (no bom e mais puro sentido) e um sorriso no rosto. Afinal, todas elas significaram algo para nós; serão cicatrizes que vamos carregar para sempre, uma marca inapagável da nossa experiência.
 Quando dei o meu primeiro beijo o mundo parou. Eu estava em trabalho de campo, membro de um grupo de onze garotas, sendo uma delas aquela que entraria na minha história. Eu posso me esquecer da última garota que beijei, mas dela não. Ela foi única: divertida, cheirosa e mais alta que eu. Foi na 6ª série - no dia 13 de Agosto de 2004 - que o amor resolveu me ensinar algumas coisas. De cara ele me mostrou que essa garota seria o meu primeiro beijo, minha primeira namorada, além da primeira decepção. Estivemos juntos por algum tempo mas ela começou a andar com caras que não se davam bem comigo, eu perdi a confiança nela e terminei. Seria difícil me convencer do contrário, eu estava mal e cheguei a pensar que nunca mais gostaria de ninguém. Foi então que veio minha primeira lição; depois de algumas semanas percebi que ninguém é insubstituível, e eu já estava afim de outra.

 A partir daí comecei a desenvolver minha visão do mundo sentimental, aprendendo a analisar pessoas e suas atitudes. O meu segundo beijo eu não lembro com quem foi, mas foram muitos desde o primeiro. Assim como fizeram muita sacanagem com os meus sentimentos, eu também detonei com muita gente. Durante toda a 'caminhada' eu condenei e perdoei segundo o meu julgamento, me arrependi por não gostar de quem gostou de mim, consegui assumir meus sentimentos sem vergonha de chorar, fui sincero na medida do possível, aprendi que idade e inocência não são sinônimos, me calei pra não falar merda, fui cretino aos limites e sem nenhum remorço; e contudo consegui reconhecer o significado do - hoje banalizado -  'eu te amo'.

 Eu gosto de falar sobre isso pois é algo que me faz bem, me faz rir muito. Poder olhar para trás e ver como fui ingênuo e acreditei em tantos absurdos; saber que hoje tenho a consciência da mente maligna de muitos, e também da minha; ver que aquela garota de bigode que eu desdenhei hoje é uma tremenda gostosa que descobriu o barbeador; aprender que muita gente só dá valor quando perde, enquanto outras dão valor demais ao que não tem. Eu estou feliz...
 Nesse divertido e depreciativo curso sentimental não existem doutores, mestres ou pós graduados. Todo mundo bate e apanha; justamente por isso é que estamos todos no mesmo barco, sujeitos a tempestades e ao naufrágio, arriscando que a maré de um amor incontrolável nos afogue.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Entendendo o Namoro

 De fato não há nada de complicado ou enigmático no namoro, mas reparem na palavra: NAMORO. Percebeu? Se existe mesmo algo que as pessoas não saibam, é isso. O amor está bem na sua 'fuça', bem no meio da palavra, assim como ele deve estar no centro da sua relação; sendo a partir dele que tudo deve acontecer.
 Mas toda regra tem a sua excessão. Afinal, deve sim haver amor em um namoro; mas não menos importante que esse amor é o conhecimento de o que é - de fato - amar alguém. Se você ama alguém por ser muito bonito, estiloso, rico ou engraçadinho; acorde, pois você não ama coisa nenhuma, mas sim admira.
 Acredite em mim, atualmente eu amo - e tenho certeza disso - uma pessoa difícil de lidar, e prometo explicar isso melhor em outro trapo. Mas então, vamos ao namoro em questão; com algumas dicas que eu vou dar.



1. Entenda o Início de Tudo
 Você deve ouvir de muita gente que um namoro só começa depois da infame solenidade de apresentação do cara aos pais da garota, certo? Bem, eu honestamente gostaria muito que ainda fosse assim, mas nós devemos aceitar e nos adaptar às mudanças do mundo, e isso significa ter um pouquinho de bom senso na hora de ficar com alguém. Em outras palavras: seria bom saber separar as coisas; e um bom exemplo são as garotas encalhadas do orkut, que depois de ficarem com qualquer um, mudam seu status de relacionamento para 'namorando', pois acham que encontraram o par perfeito. Porém, elas não aprenderam ainda a separar a necessidade masculina de pegar alguém, com o fato de gostarem mesmo dela. Isso é muito sério...
 Mas respondendo a pergunta, um namoro começa verdadeiramente quando é declarado por ambas as partes. Não há necessidade de eventos e pedidos espetaculares aos pais; pois se eles proibirem, será tudo feito às escuras, e é no escuro que mora o perigo. As alianças são simbolismos necessários, e eu não vou ficar entrando em detalhes óbvios do uso dela.

2. Sinta a Essência
 Eu me lembro de uma vez que comecei um namoro dentro de um shopping; eu e ela resolvemos começar ali mesmo, e nisso eu liguei para os meus pais e informei tudo. Foi o início de namoro mais rápido da minha vida, eu havia conhecido ela naquele dia, bem depois de ficar com outra menina; houve uma química extrema entre nós e isso foi o suficiente.
 Trocamos telefone e na mesma noite ela me ligou. Foi ali que começamos realmente a namorar, pois não tem como beijar por telefone, daí conseguimos levar uma conversa bastante madura durante o resto da noite, e foi muito bom.
 A real essência de levar à frente um namoro é a mesma de saber dividir o seu tempo; você deve saber a hora de bancar o romântico, e também a hora de sentar e ouvir sobre a vida do outro, mesmo que isso seja chato demais. A descontração também é um item importante nesse processo; no início de um namoro tudo é novidade, e você deve ter algo planejado para que as coisas não fiquem monótonas rápido demais, até porque uma hora vai ficar, e infelizmente não há como escapar disso!

3. Saiba Estar Pronto
 O início da fase monótona é um prato cheio pra esse tópico. Mas é justamente esse o mais simples de todos, pois basta olhar pra dentro de você mesmo pra saber se está pronto ou não.
 Primeiramente examine sua consciência pra ter a certeza de que você gosta mesmo da pessoa que está com você; tente colocar na sua 'balança mental' os momentos bons e ruins que você passa/passou com ela; caso os bons pesem mais, olhe em volta da sua vida e veja se você realmente tem tempo à ser dedicado pra essa pessoa, pois ela precisa de você na mesma proporção que você dela; aprenda também a aceitar - e tolerar - as diferenças entre vocês, o ciúme excessivo e a falta de grana (em alguns casos) que sempre atormentam um namoro. Tendo ciência disso tudo, você estará pronto; e agora só resta saber se a pessoa pensa o mesmo sobre você.

4. Tenha Amor Próprio
 Em dois dias de edição desse trapo, eu estava louco pra falar sobre isso. Este, que deveria ser o primeiro passo da compreensão de um namoro, é o mais importante deles. Lembre-se que você pode amar uma pessoa com todas as forças do seu ser (dramático né?), mas se esse 'amor' estiver acima do seu respeito por si mesmo, pare imediatamente e tome consciência do vacilo que você está cometendo. Pra quem você quer viver sua vida afinal? Para você ou para quem você ama?
 Ame de verdade a si mesmo e ao próximo. Pois você nunca doará a ninguém aquilo que não consegue fazer a si próprio. Não tenha seu amor firmado em alguém, mas convide este alguém à participar do que você sente. Lembrando sempre que se você não se ama, ninguém o fará de forma que você sinta algo especial.

5. Pense no Futuro
 Nem mesmo as pessoas mais burras da Terra começam um namoro com data de término. É justamente por não quererem começar alguma coisa que inventaram a moda do ficar, que é até bom pra saciar nossas vontades com quem não vale a pena; falei alguma mentira?
 Vocês podem até querer me bater com o que vou falar, mas terão de concordar comigo mais cedo ou mais tarde. Um namoro começa, e a única coisa que nasce depois disso é um casamento (ou um filho, mas não vem ao caso agora!). No início ninguém pensa nisso, eu mesmo nunca pensei com nenhuma das minhas namoradas, mas é a verdade. Se o mundo não acabar, o namoro não terminar e ninguém morrer, o que se resta a fazer é se casar. Pense bem...
 Se não for assim vai fazer o quê? Vai segurar um namoro o resto da vida? Claro que não, e nem venha me dizer que vai morar junto sem se casar, pois hoje já é lei que casal que mora junto é considerado casado. Não tem como fugir! Por isso pense no futuro mas não se desespere, um dia você encontrará alguém legal pra dividir a vida.

- - -
 Certo ou errado amigos, essas são minhas dicas pra você que ainda se pergunta muitas coisas no assunto 'namoro'. Essa peça da vida não é nenhum bicho de sete cabeças, e serve pra qualquer um ser o artista. Namorar é bom demais, e os probleminhas acerca disso são apenas atrativos que nos forçam a enfrentar o mundo por quem nós realmente amamos. Esqueça conselhos de pessoas que dizem que um namoro não é pra ser entendido, pois é sim; e se você começar isso sem saber onde está entrando, vai se decepcionar muito.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Prólogo ao Dia dos Namorados

 No próximo sábado, dia 12 de Junho, eu tenho prova no SENAI; e como se não bastasse, é dia de simulado na escola. Bem, se você acha que por causa disso eu me esqueci do Valentine's Day, se enganou. E pra quem boiou no nome, significa Dia dos Namorados.
 Aquelas pessoas que já possuem um companheiro sabem o que fazer, e se ainda não sabem, tentem descobrir e não fazer feio. Mas se é óbvio que no valentine se deve dar presentes, dizer que ama e tudo mais; pra que, ou pra quem eu estaria escrevendo esse trapo? Pra você amigo e amiga, que assim como eu estão solteirinhos, dando aquela desculpa esfarrapada de "Ainda bem que não vou gastar meu dinheiro!", só pra não admitir o quanto queriam estar namorando.

 Mas não desanime, você está à 4 dias do valentine, e ninguém disse que você não irá arrumar alguém nesse meio tempo. Vista boas roupas, use o seu melhor perfume, tente causar uma boa impressão e vá procurar alguém decente; essa pode até ser uma dica desesperada, mas eu garanto que é bem menos vergonhoso que postar no messenger dia 12 que está sozinho e desamparado.
 Deixando essas mazelas de lado; o sentido de um namoro é bem mais precioso que um presente, ou uma surpresa - que não é merda nenhuma, pois surpresa mesmo é presentear fora do valentine. Namoro é compromisso, e é justamente por falta dele que as pessoas preferem pegar uma mononucleose.
 Muita gente tem o hábito de encarnar o namoro. É, eu disse encarnar; elas encarnam o namoro no uso de uma simples aliança de prata falsa, encarnam nos presentes e no pior, encarnam o namoro nelas mesmas, achando que apenas ela precisa de carinho e atenção. Por isso que muitos relacionamentos não seguem, ou são simplesmente empurrados com a barriga.
 Antes do valentine chegar galera, independente de ter ou não alguém, tente enfiar na sua cabeça um significado verdadeiro pra isso. Não seja o namorado(a) de alguém pela aparência ou pelo que a pessoa tem a oferecer ao seu ego. O valentine é só uma data comercial, mas você pode muito bem transformá-lo em algo relevante pra quem você ama.

Diário do Blogueiro Iniciante II

 Este é o 4º dia de vida do TRAPO, e posso dizer que a existência dele tem acrescentado demais na minha vida. Soa bem dramático, eu sei, mas isso é sério. E o mais empolgante é saber como as pessoas - meus amigos e leitores - estão lidando com as minhas idéias. É realmente fantástico conseguir mudar algumas atitudes dos amigos em simples postagens. Me faz sentir útil diante de um estranho pseudo-controle.
 O início desse blog foi bastante problemático; e eu não esperava nada menos que isso, já que nunca administrei algo assim. Talvez seja tudo bem simples vendo por fora, mas pro dono da coisa é tenso!
 Antes das primeiras postagens você quase se mata de tanto pensar na opinião dos outros diante do que você posta. Sem contar com as dores de cabeça, que são uma constante quando se pensa demais.
 Limpe sua mente de todos os pensamentos podres e pessimistas, relaxe ao som de músicas tranquilas, treine sua respiração e prepare alguns analgésicos. Todo esforço positivo vale na hora de dar a largada num mundo de opiniões próprias aberto ao público. Afinal, pra quem vive num contra-senso de sociedade como a nossa, pode-se esperar tudo de qualquer um, ou atpe mesmo de todos e de uma só vez. Voraz!
 Ter amigos inteligentes e críticos também é uma ótima opção. Eu não recomendo que você, que tem ou deseja ter um blog, mande o link para aquele seu amigo purrinha; sabemos que hoje existem diversas espécies humanas que não sabem separar as coisas (zuação de seriedade, por exemplo), e vão visitar sua página apenas para desmotivar você com chacotinhas invejosas. Felizmente, o TRAPO continua imune.
 Bem além dos seus motivos, suas razões e seus objetivos. Ter um blog é algo inspirador, que supera um desabafo ou uma opinião aberta ao público. Com pouco tempo em que se convive com isso percebe-se que o verdadeiro sentido é a simples liberdade de expressão, que muitos ainda não descobriram e que nada no mundo pode comprar de você. Permita ser guiado por sua mente, e mãos à obra!

Diário do Blogueiro Iniciante: 1 • 2 • 3 • 4 • 5 • 6

domingo, 6 de junho de 2010

Sábado Nublado

 Não foi um dia como qualquer outro - estava bastante frio, nublado e foi estranhamente mais longo que o normal. Sei que é meio idiota dizer isso, mas eu estava lá e as horas não passavam. O tempo nublado possuiu manhã e tarde, e apenas a noite conseguiu se destacar bem.
 Antes de tudo tive que fazer uma escolha, minhas opções eram bem distintas e minha linha de pensamento esteve ligada aos outros, ao 'não prejudicá-los'. Sendo assim uma opção foi escolhida, e caso eu descobrisse que poderia ter pego as duas ou nenhuma, não havia mais tempo para lamentar. Aceitei, e encontrei algo que preencheu minha opção. Estranho dizer como as coisas acontecem de forma misteriosa; e que mesmo sendo misterioso, nossas escolhas possuem uma influência nisso. É a prova de que colhemos o que plantamos, mesmo que estejamos desorientados durante a semeadura.

 De repente algo começa a rolar, uma situação inusitada me pegou de surpresa, era justamente aquilo que eu pensei que dificilmente aconteceria, mas que tolo sou eu! Enquanto a minha conversa com ela foi se desenvolvendo devagar, eu pensei em onde eu estaria se não estivesse ali. Eu mal a conhecia, mas foi divertido, nos estranhamos no início mas depois nos demos conta das diferenças. Então encherguei como uma escolha cega deu cor ao meu dia nublado; e como um papo descontraído conseguiu me fazer tão bem.

 Depois que ela subiu as escadas do shopping eu não a vi mais, e daí pra frente foi só chateação. O que ainda me mantém de pé diante disso são justamente pessoas, que não me deixam cair, e pelas quais eu não irei desistir. Pessoas que merecem minha gratidão. De resto tudo esteve bem monotono, e a chuva no início da noite me inspirou a ir embora.
 No ônibus, voltando pra casa, tudo aquilo me veio à mente. E sorri, pois sabia que eu estava me desapegando de quem me fazia mal, e me mantendo firme na medida do possível. Eu iria descansar pelo resto da noite, esperando pelas próximas surpresas das minhas escolhas.

sábado, 5 de junho de 2010

Comunidades do Orkut

 Falar mal dessa por#@ desse orkut não é uma tarefa difícil, já que a nossa 'querida' inclusão digital deu um jeito de colocar a ralé menos favorecida pra dentro da parada. E todo mundo sabe que eu não tô mentindo, porque que é muita bizarrice pra uma única rede social.
 Mas minha reclamação aqui não é sobre isso, mas sim sobre as comunidades do famoso site de relacionamentos. Quanto a maldita inclusão digital, - que deu a largada dessa grande merda - vou deixar pra esculachar em outro trapo, ou talvez eu nem perca o meu tempo com isso...


 TUDO vira comunidade, eu disse TUDO! Veja só...
 Vamos começar pegando leve; e é de melancolia e falta de homem que eu tô falando, porque eu nunca vi tanta comunidade de Crepúsculo na vida! Sendo que: 25% delas dizem que o Edward Cullen é lindo, temos mais 25% que dizem que o Jacob Black é maravilhoso, outras 50% dizem que dariam fácil pra eles, isso tirando as milhares de comunidades dedicadas às frases de 'emo no armário' da Stephenie Meyer. Como se não fosse merda demais, temos também as comunidades da Clarice Lispector, mas essa deve estar ocupada demais sendo feliz. Mas que chute no saco! Por outro lado temos o Seu Madruga. O coitado veste a camisa de todos os times da face da Terra, sendo colocado em montagens de 5ª nas caras do Che, Bob Marley, jogadores de futebol, políticos, atores famosos, moedas de todos os países. Mas que desgraça! Eu também sou fã do Chaves galera, mas deixem que Ramon Cortes descanse em paz!
 Inflar o ego também dá muitos frutos. Digo isso por causa das comunidades VIP - Very Inúteis Persons, e porque praticamente todos os membros possuem uma outra dizendo: "Eu conheço/amo/adoro/odeio o Idiota!", "O Babaca arrasa!"; fora as homenagens, que nem: "Eu amo minha amiga Vadia!" ou então "Galinha! Minha amiga linda e poderosa!"; e isso é só o começo, porquê ainda temos os joguinhos do add, para imbecis sem amigos que querem lotar seu perfil de gente falsa e interesseira. Eu também tenho orkut cambada, e se querem saber eu também tenho uma comunidade só minha, que uma vaca do Centec fez o favor de criar, contra a minha vontade. Não passo o link pois não quero que nenhum leitor do TRAPO entre nessa onda dos diabos!
 Agora... quer mostrar sua prepotência? Quer que todos saibam o quanto você é macho? Quer dizer pro seu ex-namorado(a) que você não precisa mais dele(a) e de mais ninguém? Simples. Seja um tapado inseguro e entre nesse nível de comunidade; pois pra cada exemplo que eu dei existem centenas delas. Esse é o tipo da coisa que prova somente a sua necessidade desenfreada de se auto-afirmar, e quer saber o que é isso? Queimação de filme! Acredite, você vê muita gente entrando nessas comunidades, mas os espertos de verdade estão rindo de você. Tenso né?

 Prove quem você é através do seu comportamento e do seu caráter; sorrisos sinceros e atitudes determinadas são muito mais valiosos que uma foto descrita na sua página de relacionamentos. Use suas comunidades com a única função útil delas: interagir com pessoas que compartilham a mesma opinião. Do contrário, seja apenas mais um membro fútil de comunidades fúteis.


 Leia agora a 2ª crítica contra as comunidades. Clique aqui!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Trabalhos Intermináveis

 Durante a vida - principalmente na fase adolescente - somos movidos por vontades e muitos desejos; esses desejos são alimentados pelas nossas expectativas, arquitetados pela nossa mente, sendo enfim executado através de um planejamento, ou muitas vezes por puro impulso.
 Mas o assunto agora é puxado para uma questão bastante interessante envolvendo tudo isso.
 E me pergunto: "Por que não conseguimos terminar muitas das coisas que começamos?"

 Você pode até dizer ser uma pessoa responsável, que se mantém ligado naquilo que tem de fazer. Mas jamais poderá negar que já desistiu de alguma coisa, ou de alguém. Pois é assim que aprendemos a criar bases firmes para novos sonhos, e seguir em frente com eles. Eu sou testemunha de muitas pessoas que vi desistirem dos seus objetivos e projetos, e admito que muitas vezes me peguei na mesma situação; até porque desistir é humano, mas desistir constantemente é fraqueza, e uma das piores.
 Na 4ª série eu comecei a escrever alguns contos, que meus amigos chamavam de novelas. Para aumentar minhas expectativas, eu colocava a galera da minha sala como personagens das histórias, e todos eles eram também meus queridos leitores. A parte ruim disso tudo era que de dez histórias que eu começava, terminava uma. Oito anos depois, tudo que tenho é um conto de terror mórbido manuscrito em 24 páginas; um pequeno manual do RPG que ainda estou criando, e um livro (interminado) sobre 'caça aos vampiros' no meu computador, com cerca de 80 páginas escritas em dois anos. Pra completar, eu ainda sonho em terminar um jogo qualquer de RPG Maker. Isso para alguém sem perspectivas é progresso, pra mim é um fracasso; uma desgraça completa -- quase irreversível!
 Nós começamos coisas, e elas terminam sem que de fato terminem. Conheço pessoas que não terminaram os estudos, o trabalho; elas desistiram, fugiram, e muitas vezes levaram com elas os sonhos de outros. Eu conheço gente que não consegue terminar o próprio namoro...
 Enfim, esse meu pequeno problema está sendo resolvido, estou terminando com essa minha fase imatura de desistir das coisas e começando a seguir em frente com meus projetos; sejam eles pessoais, ou envolvendo terceiros - o que torna a trama bem melhor e mais tensa.
 Fracassos na vida são um mal necessário, e você acaba aprendendo que tudo o que quer depende apenas da sua força de vontade, e da sua não desistência.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Diário do Blogueiro Iniciante

 Definitivamente não é fácil, acredite. Inicialmente te vem na cabeça a idéia brilhante de criar um blog, daí você coloca isso na sua 'lista de tarefas adicionais' (pelo menos foi o que eu fiz), e depois de algum tempo pensando em um nome decente (ou não), você cria aquilo que tanto desejava. Mas e depois?
 É simples, você vai editar o seu blog, - antes de divulgá-lo - porque não faz sentido nenhum divulgar um blog sem posts. Dê a ele um aspecto parecido com você, não estéticamente, mas faça algo que as pessoas vão ver e dizer: "Só podia ser coisa daquele idiota mesmo!" Deu pra entender?
 Depois de passar um pouquinho de raiva editando o blog, chega a hora de postar algo nele. É meu amigo... é nessa hora que dá vontade de se virar do avesso. Cadê as idéias?! Onde estão minhas opiniões?! O que eu vou dizer para as pessoas?! Mas que desgraçado sou eu, que criei um blog e não sei o que postar!
 Pense da seguinte forma: Este é o meu blog. Aqui eu vou postar o que eu estiver afim de postar. Irei compartilhar minha opinião com outras pessoas; darei um legítimo f#das pra quem vier encher o saco; não irei usar o blog para aproximar pessoas, mas sim para dizer a elas o que penso, sinto, e quais são os meus projetos e idéias. Até aqui estarei bem e seguro, e não há nada errado nisso.

 Parece complicado demais, mas você descobre que é bem simples e muito prazeroso.
 Abra a sua mente para o seu próprio mundo. Liberte-se!

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• Finge ser quem você não é e sente orgulho disso;
• Não se importa com por#@ nenhuma, nem com você mesmo.
• Vive dizendo: "Eu sou assim e nunca vou mudar!"


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