E o que seria de nós sem eles... sem os tais sonhos, ou sem as doces alucinações que nos permite escapar das promessas que nos causam tanto medo e ansiedade? Sabemos que não estamos muito bem por dentro, afinal, nada disso é real, senão uma louca vontade de que tudo fosse ao menos... diferente. Tantos sonhos nos conduzem à uma passiva e agradável insanidade, mas quando caímos nas inúmeras possibilidades que podem destruir nosso pequeno mundo e afundá-lo numa fossa ainda maior que próprio fim, não nos resta nada além do desespero. Talvez seja este o nosso fardo, uma eterna sina - vagar à beira de um iminente colápso, fantasiados como heróis do impossível, acima de todas as consequências.
Ainda inseguros, sabemos que este medo está espalhado por toda parte e nos vigia a cada segundo; com passos silênciosos e mortais... nos causa um arrepio sinistro. Imóveis, não sentimos nada além de um frio devastador explodindo em nossas entranhas. Nossos corações pulsam ao sermos consumidos por outro acesso de loucura coletiva. Cada momento à frente é instável demais e pode, a qualquer perturbação, colidir com a verdade, em todos os seus meticulosos detalhes e entalhes violentos. Este é o nosso abismo sem profundidade certa, mentes interligadas mergulhando adentro no futuro, onde o talvez é a única certeza. Fechem os olhos, amigos, é o nosso último passeio... nosso estranho e acolhedor devaneio.
Achei legal, mas ainda acho um pouco complexo para entendimento do povão!!rsrsr
ResponderExcluirNem tudo deve ser direcionado ao maldito 'povão'.
ResponderExcluirOi Sérgio, gostei muito! Não achei complexo não, acho que as pessoas irão entender o que queremos passar através desse texto claramente! Mande para o resto do pessoal, ou poste na comunidade, para ver o que todos acham!
ResponderExcluirBeijo! ;*