Assim comemos e reclamamos da fome não saciada. Talvez porque o tempero da comida não seja bom o suficiente, o cozinheiro seja incompetente, ou o seu paladar seja simplesmente exigente ou até mesmo agressivo demais. Mais tarde estamos satisfeitos com nada, integrados por bobagens, tranformando dias úteis em minutos ainda mais inúteis que os nossos domingos infelizes, quentes e insuportáveis.
Estes serão nossos sacrifícios sem dor, trauma ou arrependimento. Ações que, com clareza, trarão aos nossos olhos uma satisfação jamais vista ou sentida antes. O prazer de fazer o que queremos, sem data marcada nem hora para terminar. Prazeres. Dos individuais aos mútuos e esquisitos. Dentro de cada um, o simples sentido de sermos únicos; dentro de todas as particularidades e semelhanças que nos diferem.
Não temos razão para julgar. E não há por que sermos julgados. Não queremos e não fazemos porque não queremos, pois sabemos que se quizessimos, já estaria feito sem que ninguém pedisse. Pois existe liberdade espalhada pelo ar. Literalmente, respiramos liberdade, prendemos no peito e, por medo de conceitos e preconceitos, a deixamos morrer, levando consigo a maior das forças. É estranho pensar em prender a liberdade, libertá-la ou matá-la; mas é certo e não há erro de cálculo. Se ela existe, que cessemos nossas vozes para apenas tentar usá-la. Encontraremos redenção dentro de nós mesmos. O mundo pode não concordar conosco, mas inevitavelmente ele terá que nos respeitar. No fundo sabemos que não somos únicos de uma certa maneira, mas que escondemos nossa maneira certa de sermos únicos.
O que estamos reinvindicando, afinal? Não é nada. Nosso senso de vontade própria não aparece sempre e, portanto, ele não poderia deixar de estar aqui, traduzido em conjuntos de palavras estranhas. Ir e vir, pensemos nisso - não é difícil. Aprendemos que justificativas devem ser dadas aos tolos, mas que amigos não precisam delas e que inimigos sempre irão duvidar da nossa causa e nos fazer fracassar.
Não é uma revolução, talvez no pensamento, mas ainda assim não é uma revolução. Nossa alma grita em poderosos megafones, não mais alto que as bandeiras de nossas vontades, estendidas na tentativa de nos fazer enxergar que a vida está escapando por entre os dedos, e que não temos dedicado tempo para nós mesmos. Nossa diferença no mundo deixará marcas presentes por gerações, enquanto não haverá diferença dentro de nós mesmos. Continuaremos sendo a mesma casca espessa e oca, tentando agradar aos alheios.
Tão criticos que por vezes nos perguntamos aonde estamos e o que estamos fazendo aqui.
Partes do todo, é o que somos. Por entre sons e ruídos que não podemos identificar, através de belos olhos e almas impuras. Nosso corações são reconhecidos mas nunca foram descobertos por ninguém, perdidos na mesma escuridão, onde ninguém se toca. Todos tão cegos e sãos. Além disso, não sentimos pois não queremos sentir, e não vemos pois nos recusamos a ver. Não queremos pois não nos pertence, mas pertence ao todo, e como inseridos nele, talvez nos pertença; em partes, ou não.
Talvez nossos corações so possam ser descobertos por nós mesmos, ou talvez ele seja a única coisa que nos difere do todo para que sejamos unicos com o todo, porisso se torna tão inacessivel. Mas algum dia, ele será aberto e todas as experiencias q tive com o todo serão refletidas a mim e o resultado disso me trará o meu novo caminho..
ResponderExcluirTalvez um caminho solitário ou talvez em conjunto com o todo. Talvez ele nem me pertença, talvez ele seja apenas mais uma parte do todo inserida em mim, para que como ser, eu possua exigencias que tenham causa e efeito, ação e reação, tudo para q a evolução continue o seu ciclo natural..