Tudo parece mais tenso quando se está com sono e algo lhe manda manter a postura para cumprir promessas mal feitas. Talvez essa não seja a forma mais explicita de traduzir meu pensamento essa manhã; afinal, eu estava mesmo com vontade de desabar como um urso de volta à minha caverna.
Enrolado em um edredom, fui convidado à ficar em casa mas decidi dormir durante o caminho até o hospital, aonde buscariamos alguém especial da família que precisou passar por procesos cirúrgicos. Situações como esta num dia comum me fariam pensar nas próximas postagens dos blogs, no seguimento do meu atual projeto - Estaca de Prata - ou então eu somente sentiria um estranho vazio de mundo, como se pudesse isolar tudo e me trancar dentro da minha própria mente. Nem tudo é como parece...
Por vezes me acostumei em ser protegido. Em muitas, quando precisei proteger alguém, falhei; ou simplesmente pensei em não arriscar minha pele pelos outros - existe um lado egoísta em mim que nem eu nem sempre gosto de expor. Mas manhãs nubladas como essa me provaram que não existem momentos marcados para prender o ar nos pulmões e enfrentar situações inesperadas. Momentos como este batem de frente e é bom estar preparado para se defender, ou apenas sofrer a forte colisão.
Não se isso era o que eu precisava. Não posso descrever o que senti quando as coisas voltaram a tomar bons rumos. Posso afirmar que se estivesse observando de fora não me reconheceria; veria outra pessoa aconselhando em voz firme e agindo simples e objetivo. Mas sei que era eu. Algo me fez tomar atitudes de forma madura e enfrentar o problema sem medo de ser visto e sem me preocupar com a roupa que vestia ou com a forma como reagi. Alguém precisava de mim e dei meu máximo em prol disso.
Durante e depois de tudo, permaneci pensando na seriedade das escolhas e em como uma vida pode ser frágil nas mãos de causas idiotas. Em momento algum me senti como herói; ainda que minha consciência aplaudisse tudo que fiz, - e apenas ela aplaudia - só pude pensar em como fui responsável e como deveria me preparar para enfrentar tudo de novo se fosse preciso. Sim, estou exigindo mais de mim mesmo.
Vida, morte, céu e inferno passaram pela minha mente, mas não consegui assimilar muito bem todos aqueles pensamentos. Tudo que aprendi em casa, na escola e nas religiões da qual fiz parte pareceu querer embaralhar ainda mais os pensamentos. Sabendo que nada daquilo me levaria a uma conclusão que valesse a pena, apenas fechei meus olhos e tentei voltar à minha manhã nublada. Enfim consegui. Olhando no relógio, o dia estava apenas começando e ainda haviam muitas tarefas à cumprir.
Meus blogs e projetos pessoais retornaram ao centro do meu reciocínio - que é o lugar deles. Encostado num travesseiro e rindo de piadas geradas à partir de uma situação séria, cheguei ao destino do dia. Então mais uma vez me senti responsável pelo que se apoiava em mim: mais uma vida frágil. Ser útil me deixou mais feliz, estar mais feliz me evitou dores de cabeça, assim estava sadio para poder jogar video-game no fim da tarde, dormir um pouco e enfrentar uma noite de muitas cervejas. Mas não pense que saí para beber! Blogueiros também trabalham e ser garçom é, afinal de contas, um trabalho digno.
A noite cai com histórias tristes sobre pessoas jovens que escolheram o caminho errado. A madrugada surge enquanto caminho pela avenida do meu bairro, ela vem trazendo consigo o som de altas baladas e os pecados da noite. Seguindo pela rua de casa, eu já sabia que o dia terminaria em mais uma postagem.
Olá,
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