sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Coloridos Atacam Novamente

 É simplesmente inacreditável o tamanho da merda que essa banda Restart é capaz de produzir. Este é o quarto post do TRAPO com a tag da banda, mas entendam: não é perseguição, caros coloridos... só é impossível não citar essa bandinha de festa de um ano, quando o assunto é música ruim!
 Enfim, tenho que respeitar todos os gostos, pois se querem fazer lixo, que façam! Entretanto, o que deixa muito rockeiro sangue puro puto da vida, é ver esses cretinos maquiados citando bandas clássicas e consagradas no mundo do rock como inspiração. Na última entrevista, o guitarrista - que atende pelo nome de Pe Lu - disse o seguinte ao site G1, sobre o novo single da banda:

 Acho que é a nossa mais pauleira mesmo. Como diz o nome, é o nosso jeito de fazer rock. Gosto muito dela, pois mostra uma faceta da banda que não é todo mundo que conhece.” Disse ele.

 Quer ouvir a tal faceta? Boa sorte.


Ainda bem que essa por#@ é diferente de mim...

sábado, 22 de outubro de 2011

Agridoce Nostalgia

 O céu, na última semana, permaneceu cinza e muito nostálgico, me lembrava do tempo em que adorava sair de casa no arrepiante frio para jogar RPG e me divertir com os amigos. Não só por essa, mas também por outras lembranças que surgiram; e aquelas que não surgiram foram trazidas até mim pessoalmente. Talvez um efeito cego do dia das crianças em mim, ou apenas minha mera impressão de que o mundo ficou pequeno demais e que já não cabem eu e minhas memórias num mesmo espaço.
 Maldita nostalgia! Essas recordações de matérias e vidas ligadas à minha - ao tempo em que permanecem desprendidas de mim - estão perdidas no olho de um furacão sublime, que guarda em toda a sua extensão uma complexidade inexplicável de imagens e déjà vus sinistros; sons e aromas que parecem trazer de volta as fortes cinzas de algo distante; e assim vão e voltam, por entre umas e outras que se perderam para sempre, que em vão vieram; enquanto outras volta e meia passam por aqui, só para me fazer recordar.
 Descobri que a maioria das coisas mudam drasticamente, e ainda que o tempo se arraste ao longo dos anos, só é possível perceber tal modificação quando ela já está sumindo no horizonte. Não me arrependo de nada que fiz, mas assim como todos, tenho a sensação de que foi pouco e que poderia ter sido melhor.
 Enquanto algumas pessoas cresceram, outras diminuiram (em muitos aspectos). Conhecidos de longa data tornaram-se nada mais que rostos familiares dos quais os nomes eu não me lembro; e certa observação veio a ser muito importante, pois me ajudou a perceber aqueles que nunca esqueci.
 Quanto à memória, ela funciona bem; ainda que esteja fraca para reconhecer detalhes minuciosos do passado. Logo, quando tais detalhes resolvem bater de novo à porta é que percebe-se o quanto fora deixado para trás. Tudo aquilo que há tempos possuia um valor imensurável, passou a ocupar hoje um canto frio e insignificante das minhas experiências. Muitos tolos pensam na possibilidade de reencontrar - e logo retomar - para tentar reviver; e algumas vezes reconciliar. Entretanto, não interessa qual a repetição, reforço ou retrocesso tentem usar, não se pode recriar o passado, modificar memórias ou enganar a história - é como negar sua própria imagem no espelho; um engano contra si mesmo.
 A solução menos dolorosa é aceitar que sentir saudades é saudável, e que talvez seja esta a única garantia de que algo foi bom o suficiente para gravar na memória os melhores momentos. Sua intensidade marca pontos na imensa linha que liga nossas vidas e dão sentido às nossas distintas e, por vezes, semelhantes histórias. Teremos saudades hoje, amanhã e depois, pois é com a alegria destes momentos que se desenha a vida - e ainda que infortúnios apareçam, sempre valerá a pena rir deles no futuro.

domingo, 16 de outubro de 2011

Odeio isso...

... a forma gentil como me trata, a educação, suas cortesias. Odeio seu jeito, a forma como você anda, se veste e se comporta. Eu odeio estar ao seu lado, odeio olhar pra você, e odeio ainda mais quando está bem perto de mim, dizendo coisas normais, mas que sua boca torna tão surreal. Odeio suas fotos, suas poses e seu charme, e odeio quando você usa isso contra mim. Eu odeio seu olhar, seus cabelos, seu corpo, seu estilo. Odeio poder tocar em você e odeio ser obrigado a te roubar um beijo. Odeio seus olhos de pena me dizendo "não", sabendo que no fundo eu me odeio por tanto te querer.
Sérgio Bitencourt

Texto originalmente postado por mim, no facebook.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Crianças ¿!

 Bruna Marquezine e Sasha Meneghel sempre foram amigas globais, unidas por respectivo talento e herança. Mas recentemente, Bruna foi questionada sobre sua amizade com a filha de Xuxa e respondeu:
“Ela virou minha irmãzinha mais nova. Mas não temos mais tanto assunto. Ela ainda vai passar por um monte de coisa que já passei.” Alto e claro. É quase impossível não sentir a voz da experiência de Bruninha, já que a mesma possui enormes quatro anos de idade à frente da amiga Sasha.
 Ao contrário do que você possa estar pensando, o objetivo deste trapo não é fofocar sobre a vida de pequenos famosos, mas destacar que a mulecada de hoje se acha importante demais. Como Justin Bieber, que foi barrado na porta do cinema por não ter idade suficiente e virou piada no twitter.
 Enfim - de volta ao mundo não iluminado pelos holofotes - sempre mantive a idéia de que festa de criança fosse tudo igual... até recentemente, amigos, onde uma festinha infantil em que estive se tornou o antro podre de pré-adolescentes chatos e entupidos de vaidade. Então, pude notar que...

 ... há mais ou menos dois anos, aquela garotinha não passava de uma pirralha trajada em suas vestes de bailarina, reclamando da vida por não poder ter todas as bonecas do mundo. Talvez o trauma de não poder brincar com todas aquelas próteses perfeitas a tornou obcecada em se tornar uma delas. Pois, pode parecer absurdo pensar assim, mas é a forma mais lógica de explicar a tranformação precoce e absurda que presenciei há alguns dias: ela orgulhosamente erguia seus seios recém-formados acima de saltos que transcendiam sua idade; calça jeans na medida certa para realçar suas curvas; e uma blusinha tomara que caia, para a tentação dos pedófilos. Entretanto, a pior parte veio quando minha curiosidade explodiu, eu então perguntei sua idade e uma vozinha incontestável confirmou: tenho 13 anos.


 ... do outro lado da festa, adorei jogar meus dados com uma outra infant. De cabelos lisos, franjinha, o sorriso de um anjo e uma mente tão alienada quanto o fã-clube do Datena. Como não a conhecia ainda, fui questionando seus gostos e interesses - para toda falta de assunto - até descobrir que estava conversando sozinho. Tantas perguntas retóricas me fizeram perceber, em certo ponto da conversa, que eu já estava advinhando cada resposta. Como quando perguntei sobre suas redes sociais favoritas, e logo acertei ao citar os mais conhecidos e o infalível tumblr, que é pró em infectar a mente de adolescentes em crise existencial. No desenrolar da mágica, advinhei também seus pares de tênis, incluindo os brancos com detalhes rosa e salpicados de strass.


 ... não muito longe dali, duas amiguinhas riam sem parar com seus celulares em mãos. Joguinhos? Até passou pela minha cabeça, considerando a boa época em que gostava de Snake, mas não. Bastaram apenas dois passos afora do âmago da festa para que a poluição sonora desse o ar de sua desgraça. Não só esta, como também a visual; afinal, ver duas pré-adolescentes curtindo músicas deploráveis e achando, com toda a certeza de suas reboladinhas indiscretas, que estão abafando, é um crime contra os meus óculos.

 Caso venham me questionar, dizendo que sou chato e não compreendo as descobertas dessa fase da vida, nem irei perder tempo em me defender; pois reconheço que, talvez, se eu estivesse no lugar de qualquer um desses exemplos, eu poderia ser ainda pior - principalmente se fosse famoso.
 Entretanto, não há nada que justifique tais comportamentos; ou a simples arrogância juvenil de não poder agradecer a quem lhe faz uma gentileza; ou aos diversos vídeos espalhados pelo YouTube, que ovacionam crianças incentivadas a se beijar; ou pela liberdade ilimitada oferecida pela maldita digital.
 Logo, o que é fato não pode ser enganado por nenhuma fantasia. Então lembre-se garotinho, você não é especial e ainda vai se masturbar bastante antes de conseguir alguma coisinha; e quanto a você menininha, lembre-se de que você não carrega um rei na barriga, até porque você nem pode engravidar.
Sua lista de brinquedos foi substituida por vaidades que não se esgotam, e que crescem conforme o tempo passa, na exata proporção daquilo que - um dia fora chamado de infância - está sendo extinto.

sábado, 1 de outubro de 2011

Um mundo sem religião...

"... é um mundo melhor. Um mundo onde somos responsáveis pelas nossas ações, onde podemos ser gentis com o próximo, porque queremos ou porque é correto, em vez de nos sentirmos ameaçados pelo castigo divino. [...] É bem melhor ser ensinado a pensar de forma crítica e poder tomar suas próprias decisões, do que ter as noções de um outro alguém jogadas nas suas costas." Oromis, O Sábio Pesaroso

Eldest, 514