quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Não é Um "Adeus"

 Caros leitores, meu tempo é escasso e não há - de verdade - muito a ser dito. Meu recado será direto e honesto, longe de minha peculiar grosseria, mas na ênfase da boa e velha sinceridade.
 O TRAPO é fantástico! Em um dos primeiros textos, contei um pouco sobre o carma acerca de trabalhos não terminados, mas hoje me sinto realizado por saber que este blog está aqui, e aqui permanecerá! Muitos amigos gostam de navegar pelas páginas do TRAPO e devanearem um pouco em tudo que compôs quase dois anos de blog. Mais um vez gostaria de agradecê-los: amigos e fiéis seguidores.
 Sim, o TRAPO estará inativo por tempo indeterminado. Você poderá acessar quando quiser e participar de todas es extensões do blog, desde os comentários nas postagens às comunidades do orkut e o nosso caderno de perguntas. Possivelmente, existirão novos canais do TRAPO na internet, mas não divulgarei nenhum desses projetos por agora. O verdadeiro projeto por traz de tudo isso é o maior e o mais precioso de uma vida de sonhos e vontades domadas pelo excesso de informação.
 O primeiro livro de Sérgio Bitencourt vai sair, amigos, acreditem! Durante todo o ano, foram muitas as tentativas, entretanto percebi que não sou apto a dividir minha habilidade em dois - não ainda. Para que haja dedicação e tempo disponível às outras tarefas que o mundo e a sociedade impõem, um sacrifício é preciso, e posso dizer, honestamente, que não me sinto, de fato, sacrificado, pois o trabalho realizado no TRAPO vive com seus leitores e continuará fluindo nas veias da internet, circulando por aí...
 Os detalhes da obra não serão divulgados por hora. Tudo ficará para o ano que vem, e é possível também que o TRAPO venha a se transformar na principal fonte de divulgação deste projeto, algo que me impulsiona de forma violenta, num incrível êxtase! Aqueles que me conhecem, sabem de minha determinação e como me entrego àquilo que me disponho a fazer; a enfrentar.
 Este será o desafio de 2012: um livro! O primeiro de muitos, e por isso não é um adeus, e nunca será...
 Melhor do que nunca, ainda mais inspirado a criar e revolucionar a mente daqueles que apreciam minha escrita, desejo de coração os melhores votos aos meus grandes amigos e a todos que me apoiaram na caminhada, e também aos haters que tornaram o TRAPO polêmico e famoso, por assim dizer.
 Enfim, à todos um 2012 cheio de boas expectativas e grandes realizações.

Um abraço.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Xmas

 A crise se foi, o estresse excessivo a acompanhou e o Natal chegou, como tinha de ser. Se este for realmente o último natal (segundo a profecia Maia), é melhor que o indivíduo que me tirou neste amigo-oculto acerte no presente, já que de resto, a maioria resolve não acertar. Estava saindo de casa quando me lembrei do TRAPO e do meu computador recém-formatado, pronto para uso. Certamente eu me sentiria culpado caso saísse daqui para comer horrores, rir um bocado e enfim, dormir até mais tarde para o feriadão e não comentasse um pouco do que estou sentindo em relação à época reluzente.

 Dezembro foi estranho. Coisas aconteceram tão rápido que a chance de pensar passou como um cometa e nem sequer se despediu. Me pego lamentando, e por muitas vezes rindo das atuais situações. O sobe e desce de emoções e eventos não parou! Entremeios de tanta expectativas e planos para o novo ano, decisões importantes a serem tomadas e ainda assim, um destino muito incerto. Agradeço a vida por ter muito o que fazer, mas novamente enfatizo que quem quer abraçar o mundo acaba ficando sem os braços.
 Nas últimas semanas não tive ânimo algum para desenvolver absolutamente nada fora do meu ovo social. Entre o namoro, o trabalho e os hobbies, muito fora adiado, mas não esquecido. Enfim, não sobrou paciência para comentar sobre as notícias do mundo e sobre todas as mazelas que eu, particularmente, adoro usar de exemplo aqui no blog, entretanto, muitas realidades serão alteradas dentro do novo ano.
 Finalizando neste quarto, breve e resumido parágrafo, deixo meus bons votos aos que merecem. Estou feliz e um pouco mais otimista em relação ao futuro. Espero mesmo poder realizar os planos anotados para 2012, e poder contar aqui como tem sido. Novamente o incerto me alcança, trazendo ares de uma enorme revolução e receio; mas como manda a regra aqui no país da pizza, encaro com bom-humor...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

♪♫ Mad World

Gary Jules - Mad World (Tradução e Vídeo)

À minha volta estão rostos familiares,
lugares estragados, rostos estragados...
É claro e cedo para a sua correria diária,
indo a lugar algum, lugar algum...
As lágrimas estão encharcando seus óculos,
sem expressão, nenhuma expressão...
Escondo minha cabeça, quero acabar com meu sofrimento.
Não há amanhã, não há amanhã...

E eu acho isso meio engraçado,
acho isso meio triste.
Os sonhos pelos quais estou morrendo,
são os melhores que já tive.
Acho difícil dizer isso à você,
acho difícil de encarar.
Quando pessoas andam em círculos,
é um mundo muito...
mundo louco... mundo louco.

Crianças esperando pelo dia em que se sentirão bem.
Feliz aniversário, feliz aniversário...
Feitas para se sentirem da maneira que toda criança deveria.
Sentar e escutar, sentar e escutar...
Fui à escola e estava muito nervoso,
ninguém me conhecia, ninguém me conhecia...
Olá professora, diga-me qual é a minha lição.
Olhe para mim, olhe bem para mim.

E eu acho isso meio engraçado,
acho isso meio triste.
Os sonhos pelos quais estou morrendo,
são os melhores que já tive.
Acho difícil dizer isso à você,
acho difícil de encarar.
Quando pessoas andam em círculos,
é um mundo muito...
mundo louco... mundo louco.
Amplie seu mundo.
Mundo louco.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Dias a Menos Para Sempre

 Em 13 dias não pude tirar nada de satisfatório da minha cabeça para definir este dezembro. Há um motivo para tudo. Por entre corredores apertados, abarrotados de rostos estranhos, e outros lugares que não pertencem ao meu convívio, constantemente tenho levado meus olhos ao nada quando a mesma questão ecoa como uma bomba na minha mente: o que diabos estou fazendo aqui?
 Minha vida mudou. Junto à isso uma sensação de que algo fora deixado para trás. Tenho vergonha de admitir e por isso prefiro não olhar, mas sei que ainda está lá. Na verdade, está bem aqui, comigo, mas eu o desprezo, pois não consigo enfrentá-lo, mas quero abraçá-lo e nunca deixá-lo ir. Aonde vim parar?
Os questionamentos não param! E à medida que expectativas crescem, algo continua sumindo. Parte de um eu tão ímpar e profundo que, se perdê-lo, sinto que enlouqueceria, numa frenesi sem cura.
 Uma onda de consciência tenta sempre me convencer de que aqueles tempos jamais voltarão. E o que estou pensando? Eu não quero que voltem... e por isso é tão difícil explicar. Cada minuto condena um centimetro morto do meu espaço e me faz perceber o quanto estou sendo invadido. Não fico mais sozinho e, por consequência, não consigo raciocinar corretamente. O tempo de mim, que deveria ser dedicado à mim, se perde em pequenas faltas. São erros que nenhum arrependimento pode empurrar ao esquecimento, mas que me farão crescer, ainda que eu sinta o chão trincando sob os meus pés.
 Em poucas semanas, as engrenagens que moviam minha mente começaram a enferrujar, provocando ruídos insuportáveis e apontando toda essa falta de compromisso com tudo que - verdadeiramente - me pertence. Conforme soava desesperada a sinfonia, minha procrastinação permanecia. Discreta aos alheios, inevitável para mim; tão clara e assustadora como a luz que invade cômodos sombrios no frio da manhã.
 E então o grito. Como vou curar isso?! Tantas mudanças me tornaram inaderente ao futuro. O simples planejamento tornou-se árduo demais, e a combinação dos fatores destrutivos desta trágica temporada me levaram à quimera profunda, onde me separar do mundo é necessário e quase impossível.
 Continuo então adiando cada sonho, e odiando cada momento de insatisfação. Aquela imagem no espelho não está mais tão transparente, as luzes de um iminente sucesso não brilham mais como antes. Tudo se apaga, e o que fica são apenas cinzas de uma imensa vontade não concretizada. Tentar explicar minuciosamente seria errôneo. Só resta manter o ritmo e tentar desviar as setas pelo caminho certo.
 Quando éramos crianças, nos cercavam de atenção e presentes, doces e demasiados agrados. O tempo escorreu pelos traços, em nossa constante mudança, trazendo consigo obrigações e resposabilidades. Onde estão nossos amigos e família? Como estão suas vidas? A perda abstrai seu próprio medo até que nenhum deles seja relevante. As pessoas sentem muito na exata proporção em que passamos a não sentir nada. Quanto mais se tem, mais se perde e no fim... teremos apenas a nós mesmos.


We're all dying.